Retomada da confiança

Aumento do número de liberação de imóveis residenciais na PBH indica reequilíbrio do setor

Pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais aponta retomada dos investimentos no setor na capital

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postado em 06/06/2015 14:57 Ludymilla Sá /Estado de Minas
Em abril, foram liberados 1.400 habite-se, contra 1.004 no mês anterior - Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 16/4/15
Em abril, foram liberados 1.400 habite-se, contra 1.004 no mês anterior
A realidade do mercado de imóveis em Belo Horizonte, atualmente, é atípica. Apesar das mudanças na política de financiamento da casa própria, pesquisa da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) aponta retomada dos investimentos no setor. Conforme dados fornecidos pela prefeitura da capital, baseados no número de projetos arquitetônicos aprovados e baixas de construções (habite-se) concedidas, 1.400 apartamentos residenciais foram liberados em abril. No mês anterior, 1.004 unidades receberam a aprovação da PBH, o que corresponde a 39,4% de aumento. Em fevereiro, foram 627 apartamentos e, em janeiro, apenas 430.

Para o presidente da CMI/Secovi-MG, Otimar Bicalho, o aumento na aprovação do número de projetos indica que há uma recuperação da confiança do mercado imobiliário, mas a tendência é de redução ao longo do ano. Segundo o dirigente, em janeiro deste ano havia um estoque de 4.320 apartamentos prontos. Em abril, já eram 7.194 unidades.

No total, a PBH concedeu o habite-se a 4.474 unidades, que somadas ao saldo do início de janeiro, totalizou 8.794 imóveis no estoque. “Mantida a venda de 400 unidades novas ao mês, são 1.600 unidades negociadas, permanecendo um saldo de 7.194, que é mais confortável ao mercado imobiliário, sem ser exagerado, mantendo boa oportunidade de opções ao comprador, mas com tendência de redução ao longo do ano”, pondera.

Segundo o executivo, a redução está relacionada ao número de unidades aprovadas de janeiro a abril de 2015. “Foram 3.461 unidades aprovadas. Desse montante, 700 foram para atendimento ao programa do governo federal Minha casa, minha vida, com conjuntos superiores a 100 apartamentos. Restam, portanto, cerca de 2.700 unidades para atender ao mercado com unidades avaliadas a partir de R$ 170 mil.”

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A aprovação de projeto não implica liberação de habite-se. A pesquisa aponta que há 2.700 unidades aprovadas, contra as 4.474 com baixas de construção concedidas, reflexo da expectativa otimista e acima da que foi verificada em 2012 e 2013. “Agora, vivemos a realidade do mercado, que está mais cauteloso, mas continua existindo, porque a população cresce, pessoas se casam, famílias são reestruturadas”, acrescenta Bicalho.

Depois da alta no ano passado, os preços dos imóveis sofreram uma baixa e estagnaram. Mas o presidente prevê reajuste a partir de julho. Tudo em razão, justamente, dessa estabilidade, somada à inflação de mais de 8%. “Os compradores que pretendiam lucrar com a valorização dos apartamentos em construção já são minoria e estão saindo do mercado. Para as empresas incorporadoras, por objetivo empresarial, não é justificável vender com prejuízo. Não há como evitar o reajuste de preços.”
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