É sabido que estar em torno de antenas de telefonia e estações de rádio-base representa até mesmo riscos para a saúde. A radiação eletromagnética é perigosa. Com a crescida dos casos de doenças relacionadas a essa proximidade, incluindo inclusive cânceres, muita gente opta por sair de perto desses equipamentos. Condomínios lamentam terem locado o telhado das edificações para comportar antenas, já que, além das questões da saúde, com o tempo os aluguéis chegam a valores irrisórios. Na contramão, as empresas de telefonia firmam contratos de longo prazo que dificultam a revisão do texto e boicotam as ações revisionais no momento em que deturpam os dados na perícia.
Um dos efeitos palpáveis e facilmente percebidos é a desvalorização dos imóveis. Considerando as irregularidades nos tratos sobre essa modalidade de locação, este é um dos temas do evento que a OAB-MG realiza no próximo dia 16 de julho, terça-feira. Com o norte
Problemas com a locação de torres de telefonia e o direito à saúde, o encontro programa uma série de palestras e quem estiver interessado em participar pode garantir seu lugar se inscrevendo no site da entidade.
Muito mais do que amargarem um patamar de aluguel bem abaixo do nível de mercado, os locadores assistem encalharem apartamentos, casas e lojas, visto que é ínfimo o número de pessoas que se dispõe a morar ou trabalhar no raio de alcance desse tipo de radiação, que é emitida por 24 horas. E o pior: essa base de radiação tende a aumentar com a chegada da tecnologia 5G.
Mesmo que não haja um conhecimento isento sobre os reais problemas causados pela radiação originada das antenas de telefonia, com uma lacuna nos meios de esclarecimento por peritos que não dominam a fundo o assunto, especialistas se furtam em dizer que as antenas produzem radiação dentro dos limites firmados pela Anatel. O ponto é que esses limites ultrapassam os parâmetros estabelecidos em diversas nações desenvolvidas.
Vários países respeitam como referência as diretrizes da Comissão Internacional sobre a Proteção contra Radiação Não Ionizante. As fronteiras da Anatel observam as direções da comissão, que não levam em conta os relatórios da Bioinitiative, atualizados em 2012, que indicam que essa radiação não ionizante (atérmica) também prejudica a saúde.
Pelo endereço eletrônico da MRE Engenharia - Medição de Radiações Eletromagnéticas é possível entender melhor esses perigos. No canal, a doutora Adilza Condessa Dode, palestrante do evento da OAB-MG ao lado de Daniela Tonholli e Kênio Pereira, lista estudos científicos, e apresenta sua tese de doutorado sobre o aparecimento de câncer relacionado à proximidade com estação transmissora de telefonia celular.
Inscrições e informações:
www.oabmg.org.brwww.mreengenharia.com.br