Trocar lâmpadas incandescentes ou fluorescentes pelas de led que são mais econômicas, investir em sensores de presença, ajustar os elevadores para se movimentarem de acordo com a demanda, reaproveitar a água da chuva e também a chamada ‘água cinza’ – de reúso – para higienizar os pisos das áreas externas, banheiros das áreas comuns e lixeiras. Essas são boas opções de práticas para condomínios que estão com as finanças no vermelho ou para aqueles que tentam reduzir o valor repassado mensalmente para os moradores. No entanto, as folhas de pagamento dos funcionários são, geralmente, os gastos mais altos e os recursos destinados chegam, quase sempre, a consumir até 50% do valor arrecadado.
“Os custos de condomínios estão ficando cada vez mais elevados e a inadimplência aumentando significativamente. Sem falar dos efeitos da recessão no mercado imobiliário, que prejudica a comercialização dos imóveis com condomínios altos”, explica Leandro Martins, diretor-executivo da Peter Graber, empresa de segurança condominial. O executivo explica que, nesses casos, não restam muitas alternativas e os síndicos precisam optar pela redução de custos. Segundo ele, a portaria remota ou digital, como também é conhecida, é uma saída para equilibrar as finanças.
Para Martins, o serviço digital é uma tendência em território nacional. “Com a portaria digital, tudo é feito remotamente. O visitante ou prestador de serviço toca o interfone e um dos controladores de acesso da nossa central, que funciona 24 horas, atende, entra em contato com o morador e libera ou não a entrada. Com isso, é possível reduzir em até 60% o valor da cota condominial”, explica. “Além disso, prédios ou conjuntos de casas que optam pelo sistema ficam ainda mais seguros. O monitoramento e as rondas virtuais funcionam dia e noite, sem parar e, em caso de necessidade a polícia é acionada diretamente e dá prioridade para o caso, já que fornecemos imagens para comprovar a emergência”, finaliza.
No Brasil, mais de 3 mil condomínios já têm a portaria remota – 1% do total de prédios, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). O percentual pode até parecer baixo, mas é crescente. A estimativa da associação é de aumento de 150% na implantação de portarias remotas no Brasil, até o fim do ano.