Acabamento versátil

Materiais de revestimento apresentam infinitas possibilidades; conheça opções

Novas tecnologias dos produtos oferecem facilidade para a aplicação, e ainda garantem mais economia

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postado em 13/11/2014 12:09 / atualizado em 13/11/2014 12:13 Carolina Cotta /Estado de Minas
O Paisagem Escritório Parque, do Grupo EPO, tem fachada em textura clara e vidros laminados - Pedro Vilela/Agência i7/Divulgação O Paisagem Escritório Parque, do Grupo EPO, tem fachada em textura clara e vidros laminados
O desenvolvimento tecnológico ampliou a oferta de revestimentos de tal modo que já não é possível ver um padrão nas construções, como era comum no passado, quando era fácil perceber a época das pedras, das pastilhas e das texturas nas fachadas externas. Internamente, o piso também variava pouco: tábuas corridas, cerâmicas ou mármores e granitos estavam em quase todos os imóveis e determinavam, inclusive, o status do ambiente. Para o consultor do Grupo EPO e diretor da BLOC Arquitetura Alexandre Nagazawa, não só o avanço na técnica foi definidor dessa realidade. A necessidade do mercado em lidar com a escassez de mão de obra especializada promoveu o desenvolvimento de materias de mais fácil manejo e aplicação. “O setor teve que se adaptar”, acredita.

Priorizar processos mais industrualizados é uma tendência. A EPO, por exemplo, usou, em um dos seus empreendimentos recentes, painéis pré-fabricados em concreto pigmentado. “Eles recebem um tratamento que deixa o acabamento homogêneo. É uma peça totalmente industrializada, só é preciso acoplá-la. Com isso, há um ganho em agilidade e também no controle da qualidade”, explica Alexandre, segundo o qual, painéis estruturais colocados em fachadas já existiam e foram usados há mais tempo. “Atualmente, não estavam sendo muito utilizados. Inovamos ao resgatá-los de forma diferente.” E os revestimentos sustentáveis também não vão sair de moda. “Não tem como fugir disso. Daqui pra frente será uma regra”, afirma o arquiteto. Um exemplo é o ecogranito, que aproveita resíduos de marmoraria, incorpora uma resina e simula o acabamento de pedra.

EM ALTA

Vidro e aço, revestimentos disponíveis de uso disseminado, também estão em alta, principalmente aqueles que têm tecnologia de proteção contra raios ultravioleta, reflexão do calor e bom desempenho em relação ao isolamento térmico. O aço e o alumínio também estão em constante renovação. Segundo Alexandre, há placas de alumínio com impressões digitalizadas, que permitem alcançar texturas diferenciadas, como o alumínio, que simula madeira, não exigindo a manuteção sistemática e cara dessa matéria-prima. “O aço, dependendo do uso, tem função estética e também ambiental, pois permite um sombreamento na fachada. Conjugado com o vidro, principalmente em empreendimentos comerciais, traz frieza e impessoalidade, denotando uma nobreza que os corporativos precisam transmitir”, defende.

Produto cerâmico com micropartículas compactadas, que permitem menor absorção da umidade, o porcelanato conquistou o público com sua resistência e versatilidade. Criado na Europa, onde a cerâmica congelava e estourava por causa do frio, o material transformou o conceito de revestimento, na opinião de Daniel Miranda, diretor-comercial da Bel Lar, e está disseminado. Entre os formatos diferenciados está o porcelanato com 3 milímetros de espessura, que chega a ser quatro vezes mais leve que um normal. “Isso contribui para uma construção mais sustentável, no sentido de demandar uma baixa carga construtiva e para a facilidade do transporte, consequentemente em baixo custo”, explica Daniel, segundo o qual o material pode, inclusive, ser usado em cima de pisos já existentes, sendo boa opção para reformas.

DIGITAL

Outro acabamento diferenciado é o porcelanato esmaltado, que tem uma camada mais espessa da massa porcelânica e uma camada fininha de mármore. “Então, tem-se mármore no chão, mas é uma camada bem fina. Isso evita extrair grandes volumes de pedra”, explica. Há ainda a reprodução de mármores nobres no porcelanato por meio de uma tecnologia digital que fotografa uma chapa de mármore e reproduz a imagem em uma superfície de porcelanato. “É muito mais barato. A textura é muito parecida com o efeito do mármore, até o polimento tem o brilho acetinado característico da pedra, e não aquele brilho espelhado”, explica. Na mesma linha há o porcenato que imita outros materiais, como madeira. É fotografar e imprimir, claro, com técnicas próprias.

A tecnologia digital garante também a sensação de movimento, dando efeito de luz e sombra ao revestimento, que pode, ainda, ser usado em paredes onde se busca uma textura diferente, com relevo. “Já é possível reproduzir até ladrilho hidráulico no porcelanato, o que é bem mais barato. Além disso, o material é adequado para todo tipo de ambiente: interno, externo, de alto tráfego e até áreas molhadas”, defende.

Tags: tecnologia

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