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Mercado imobiliário

"Somos tão jovens" *

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Feriado no meio da semana, dias de folga com festas para crianças e professores… Isso significa dias de intensa convivência familiar, alegria, passeios, viagens, criatividade e, possivelmente… planos…

Se sua família pretende se mudar de casa, o ideal é fazer um bom planejamento.

Para auxiliar nesse processo, cada dia mais se torna importante a figura do corretor de imóveis, ou melhor, do consultor de investimentos. Ele poderá analisar os pormenores necessários para a elaboração de um bom planejamento para aquisição do imóvel ideal para você, sua família ou sua empresa, levando em conta as questões pessoais, comerciais, econômicas e financeiras.

Em geral, os brasileiros não têm a cultura do planejamento e nem do uso de crédito imobiliário. Acham que precisam poupar para adquirir um imóvel à vista. Na Europa, por exemplo, as famílias projetam os orçamentos domésticos incluindo a prestação do financiamento das suas residências

Por outro lado, sabemos que a decisão de comprar um imóvel e/ou contratar um financiamento vai muito além de desmistificar o planejamento financeiro e a consulta aos profissionais de mercado e aos bancos. Na verdade, o Brasil tem um histórico hiperinflacionário, de juros extorsivos, restrição de crédito, insegurança política e receio de desemprego. Isso dificulta tudo…

Mas a maturidade econômica e política que temos adquirido recentemente, a duras penas, muda muito o cenário e as perspectivas futuras. Felizmente para todos, poderemos fazer boas previsões, pois há indícios fortes de um mercado potencial para os próximos 10 anos.

O déficit de moradias atual diminuiu, mas ainda gira em torno de seis milhões e cerca de 18% dos domicílios são alugados. E o principal: ainda é muito baixo o percentual de crédito imobiliário em relação ao PIB comparativamente aos outros países.

Desde a entrada dos bancos privados no setor imobiliário, após a aprovação da alienação fiduciária no caso de inadimplência, percebemos uma mudança real nos números. No entanto, apesar da constante evolução, hoje o percentual do crédito imobiliário corresponde a menos de 10% do Produto Interno Bruto. Em 2008 era de 2,2% e a expectativa do Banco Central é de que, nos próximos 15 ou 20 anos, possa chegar a 25% do PIB Brasileiro. Só para termos uma ideia, no Reino Unido esse percentual é de 75% do PIB; nos EUA 68%; na Espanha 55% e no Chile 18%. No entanto, os juros na Europa giram em torno de 3%, nos EUA 5% e no Brasil 12%.

Portanto, o crescimento no crédito e no mercado imobiliário como um todo tem que ser acompanhado com baixa de juros, crescimento da renda, geração de negócios, incremento das fontes de recursos com funding alternativos por exemplo LCI – letra de crédito imobiliário e CRI – certificado de recebíveis etc.

Costumo citar poetas aqui na coluna, mas hoje vou citar o presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfan, que afirma que estamos vivendo a recessão mais severa da história, mas “comprometidos a levar a inflação para a meta de 4,5% mantendo-a estável, o que ajudará na recuperação da confiança e do crescimento econômico”.

Realmente, a economia tem mostrado sinais de recuperação após a avalanche de eventos políticos que vivemos trazendo tanta incerteza ao país. Segundo a Confederação Nacional das Indústrias, a confiança do consumidor subiu no mês de setembro. O brasileiro está mais otimista em relação à inflação, desemprego e situação financeira.

Isso é fundamental após vermos a deteriorização nas contas públicas e adoção de políticas internas equivocadas. Esperamos que o próximo governo esteja avançando numa agenda política mais austera e mais ampla, menos distorcida em relação à responsabilidade fiscal e com compromisso com as reformas estruturais necessárias e urgentes.

Há muito caminho pela frente, afinal crescimento econômico é questão de longo prazo. Não podemos querer que tudo mude, que o Brasil volte a crescer rapidamente, que a família possa adquirir um novo imóvel de um dia para o outro e muito menos que as crianças se tornem adultos ao amanhecer… Vamos dar tempo ao tempo, planejar e acompanhar, assim: adquirindo maturidade…

(*Renato Russo)

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