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Mercado imobiliário

Inspeção predial (1ª parte)

O inspetor predial necessita estar munido de todos os conceitos e metodologias, para ir a campo com a maior eficiência possível. O assunto ganha ainda mais força quando o envelhecimento das cidades e edificações brasileiras está cada vez mais evidente

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Amanhã, será reaberta, na sede da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Comissão da Nova Inspeção Predial, fruto de iniciativa do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), com o Secovi/SP, Sinduscon/SP, Abece, Alconpat e Ibracon. O texto mantém o conceito desenvolvido anteriormente, mas teve os trabalhos suspensos, agora com o consenso do grupo para as questões mais sensíveis, tanto para os contratantes quanto para os contratos. Essa iniciativa preenche uma lacuna na normalização técnica nacional, servindo como estímulo ao desenvolvimento de uma ferramenta já consagrada no Primeiro Mundo, especialmente no Canadá e nos Estados Unidos, onde, segundo dados da American Society of Home Inspectors, 80% dos imóveis objeto de locação ou venda são previamente inspecionados por profissionais habilitados. Devido à diversidade dos edifícios existentes e seus diferentes padrões construtivos, a evolução do inspetor predial ocorre notadamente com a experiência prática. O profissional necessita estar munido de todos os conceitos e metodologias, para ir a campo com a maior eficiência possível. O assunto ganha ainda mais força quando o envelhecimento das cidades e edificações brasileiras, em grande parte executadas nas décadas de 1960 e 1970, está cada vez mais evidente. De acordo com o texto da norma, inicialmente preparado pelo Ibape/SP, a inspeção predial é definida como %u201Ca vistoria da edificação para determinar suas condições técnicas, funcionais e de conservação, visando direcionar o plano de manutenção%u201D. Consiste, portanto, em minuciosa análise do imóvel e de suas partes constitutivas, objetivando apurar as condições de conservação, manutenção, segurança, higiene e adequação ao uso, podendo indicar eventuais ações corretivas ou preventivas. Nesse sentido, o trabalho deve ser realizado por profissionais especializados, que realizam uma inspeção visual dos diversos itens que compõem a edificação, buscando a detecção de eventuais defeitos estruturais, nas redes elétricas e hidráulicas, telhado ou fundações, entre outros. A finalidade principal não é a resolução dos problemas, mas a sua identificação e indicação. Para realizar seu trabalho, o profissional deve adotar um roteiro básico de inspeção, o que possibilita a racionalização das atividades e o planejamento da vistoria. É preciso ter sempre em mente que não se trata de um modelo definitivo e acabado, mas, ao contrário, deve ser encarado como ferramenta dinâmica, em constante processo de atualização e aperfeiçoamento, fruto da experiência e das inovações tecnológicas do mercado. Não obstante a recomendação de realização dessa vistoria com certa frequência, a cada um ou dois anos, recomenda-se inspeção semanal, que pode ser feita pelo síndico ou pelo próprio zelador. O objetivo é manter as boas condições das dependências comuns, além de ser útil para detectar problemas logo em seu surgimento, e quando todos os setores do edifício devem ser visitados. Nesse sentido, recomenda-se iniciar pelo topo do edifício, descendo andar por andar pelas escadas, até chegar às áreas comuns do térreo e subsolo, cuja sequência procuraremos orientar na continuidade deste assunto.

Tags: coluna Inspeção predial Francisco Maia Neto Lugar Certo Estado de Minas

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