Leonardo da Mota Costa, diretor da Pacto Administradora Ltda. - Gladyston Rodrigues/Ao Cubo Filmes" title="Gladyston Rodrigues/Ao Cubo Filmes" />
"As imobiliárias devem tomar muito cuidado e ser mais exigentes ao emprestar as chaves das unidades para alguém. O ideal é que as pessoas nunca visitem o imóvel sozinha" - Leonardo da Mota Costa, diretor da Pacto Administradora Ltda.
Luana Macieira
Julho, dezembro e janeiro são meses em que muitas famílias deixam a capital com destino a vários lugares do país, em especial o litoral, em busca de merecido descanso. Mas são épocas em que também crescem os arrobamentos, já que as residências vazias acabam chamando a atenção de bandidos. "Em períodos de férias as casas ficam mais suscetíveis aos arrombamentos, uma vez que parte dos moradores abandonam a capital. Por isso, são necessários alguns cuidados para que o morador não tenha péssimas surpresas ao retornar da viagem e encontrar a casa aberta", alerta o sócio e diretor da Pacto Administradora Ltda., Leonardo da Mota Costa.
Uma das medidas sugeridas por Leonardo é manter uma comunicação eficiente com os moradores do prédio e da rua. Ao viajar, a pessoa deve informar aos vizinhos quantos dias ficará ausente. Assim, eles poderão notar movimentações estranhas na casa que está vazia.
Outro cuidado simples, mas bastante eficiente, é pedir ao vizinho que recolha as correspondências enquanto estiver viajando. "Várias cartas, jornais e revistas jogados na entrada da casa chamam a atenção dos ladrões. Ao ver que ninguém recolhe a correspondência, ele saberá que a casa está vazia e ela se tornará um possível alvo para assaltos", afirma o diretor da Pacto.
Ao trancar portões com cadeados, o ideal é deixá-los para o lado de dentro do imóvel. Além disso, caso empregadas domésticas ou parentes tenham as chaves da residência e permissão para entrar no local, os moradores do edifício ou da rua devem conhecer essas pessoas, para que elas não sejam confundidas com possíveis invasores.
PARCERIA
José de Oliveira é caminhoneiro e está acostumado a viajar pelo Brasil. Morador do Bairro Heliópolis, em Belo Horizonte, ele sempre fica preocupado na época das férias, quando sua casa fica vazia. "Passo grande parte do tempo viajando, mas minha mulher e meus filhos ficam em casa cuidando de tudo. O problema ocorre em épocas de férias escolares, que é quando viajo com a família inteira e minha residência fica vunerável", diz.
Para resolver esse problema e ficar mais tranquilo, José sempre pede ajuda a parentes e amigos quando decide viajar. "Minha casa é grande e, mesmo com câmeras de vigilância na porta, cerca elétrica nos muros e um pastor alemão de vigia, eu não me sinto 100% seguro em deixar a residência sozinha. Então, peço a parentes ou a algum amigo íntimo para ficar aqui enquanto viajamos. Além de cuidar da casa, eles ainda dão comida ao cachorro", conta.
Para o chefe da Seção de Planejamento Operacional do Comando do Policiamento da Capital (CPC), major Idzel Fagundes, a comunidade deve mudar seu comportamento para evitar invasões nas residências, quando estas precisarem ficar fechadas por um período. "Mesmo que você não peça a um amigo para ficar na sua casa, seus vizinhos devem exercer a função de vigilantes do bairro. É importante que todos saibam que a rua pertence à comunidade e que a obrigação de cuidar dela e de vigiá-la é de todos. Se compararmos a nossa situação com uma cidade do interior, fica fácil perceber como a relação amigável entre vizinhos nessas cidades pequenas colabora para a proteção da comunidade", afirma.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação