Lugarcerto

Minas tem prédio sustentável

Técnicas e produtos reduzem em 14% consumo de energia e 40% o volume de água

Humberto Siqueira
Edifício que vai abrigar a Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz) está prestes a receber certificação do selo Leed - Foto: Perspectiva/Divulgação
O Brasil ainda engatinha na construção de prédios verdesPorém, em se tratando de uma iniciativa tão nobre e impulsionada pela comprovação das vantagens financeiras a longo prazo, o conceito cresce a passos largosMinas Gerais começa a participar desse esforço em prol do planeta com o primeiro prédio inteiramente sustentável do estado, que vai sediar a Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz)O desafio coube aos arquitetos Alexandre Bragança e Gustavo Penna, que assinam o projeto de 52 mil metros quadrados, distribuídos em 29 andares e com capacidade para abrigar 2.850 pessoas.

A Forluz foi o primeira a entrar com o pedido em Minas para o edifício e está prestes a receber a certificação pelo Green Building Council do Brasil (GBC Brasil)Para tanto, foi preciso adotar técnicas e produtos visando a reduzir em 14% o consumo de energia e em 40% o volume de águaA busca é pela certificação ouro do selo Leed, sigla em inglês para Liderança em design ambiental e energético.

Leia a continuação desta matéria:
Concepção chega para ficar

As pontuações do Leed são divididas em diversos grupos que avaliam questões como sustentabilidade da localização; eficiência no uso da água e energética; os cuidados com as emissões para a atmosfera; otimização dos materiais e recursos naturais a serem utilizados na construção e operação da edificação; qualidade dos ambientes internos da edificação, entre outras.

Leia mais:
Lançada etiqueta que classifica edifícios conforme o consumo de energia

GBC Brasil e AEA promovem cursos de capacitação em construções sustentáveis


Segundo Alexandre, trata-se de um prédio complexo, que demandou a elaboração de 29 projetos relacionados com a estrutura, instalações, automação, condicionamento de ar, paisagismo, acústica, impermeabilização, trânsito e estacionamento"Isso acaba tornando o processo de certificação também mais detalhadoA proposta é de um prédio economicamente viável, com o menor gasto de energia e água aliado à maior qualidade de ambiente de trabalho possível", explica.

Leia mais no artigo: Green Buildings, antes tarde do que nunca

O prédio contará com sistema inteligente de reaproveitamento de água, automação de persianas, sensores de luminosidade nos andares, sistema de ventilação noturna e elevadores inteligentes com separação para grupos internos e externosUm sistema avançado de condicionamento de ar também foi contemplado no desenvolvimento do prédio, que será, ainda, adaptado para receber portadores de necessidades especiais.