Dois quartos em falta

Oferta de apartamentos de menor porte sofre queda sistemática, principalmente por causa da legislação municipal, que restringe aproveitamento do terreno na hora da construção

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 17/12/2009 13:36 Humberto Siqueira /Estado de Minas
Bráulio Franco Garcia, diretor da área imobiliária do Sinduscon, diz que, para valer a pena, investimento em imóveis menores precisa ser em área grande - Gladyston Rodrigues/Ao Cubo Filmes Bráulio Franco Garcia, diretor da área imobiliária do Sinduscon, diz que, para valer a pena, investimento em imóveis menores precisa ser em área grande
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) realiza mensalmente pesquisa abrangendo 141 construtoras e incorporadoras no mercado de construção e comercialização de imóveis novos e 56 imobiliárias no mercado de aluguéis. A última pesquisa divulgada, com dados coletados em setembro, confirmou uma tendência que vem sendo observada nos últimos dois anos: queda na oferta de imóveis de um e dois quartos.

Em 24 meses, a oferta de apartamentos de um quarto apresentou queda constante. Em julho de 2007, a pesquisa apontou a disponibilidade de 154 unidades em Belo Horizonte. O número decresceu até chegar a 35 em julho e se mantém nesse patamar desde então. A situação dos apartamentos de dois quartos é parecida. Embora tenha apresentado alguns momentos de crescimento no número de unidades à venda, computa a menor oferta dos últimos dois anos. Há dois anos, eram 586 opções, que chegaram a 645 em outubro de 2008. Mas hoje, conta com apenas 142 apartamentos.

Leia a continuação desta matéria:
Aposta em cidades vizinhas

A explicação pode estar na legislação municipal, segundo o diretor da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon -MG), Bráulio Franco Garcia. "A lei de uso e ocupação do solo de Belo Horizonte não estimula a construção de imóveis com essas caraterísticas. Se construirmos apartamentos com mais de 140 metros quadrados, podemos ter um aproveitamento de até duas vezes o tamanho do terreno. Para apartamentos menores, o aproveitamento cai para 1,5 ou até 1,2 vezes a área do terreno", diz.

Na visão dele, para valer o investimento é preciso ter uma área grande. "Com essa restrição do aproveitamento do terreno, precisamos compensar e fazer entre cinco e seis torres, algo em torno de 200 apartamentos. Assim, a fração ideal para a taxa de condomínio ficaria num patamar aceitável. E espaços com boas dimensões e em áreas residenciais praticamente não existem mais em Belo Horizonte", aponta.
Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600

Últimas Notícias

ver todas
07 de julho de 2023
05 de julho de 2023