Aumento do poder aquisitivo eleva procura por coberturas em BH

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Investidores dispendem 25% a mais do valor que estava disposto a pagar em um imóvel mais espaçoso para adquirir uma cobertura na planta - Jorge Gontijo/EM/DA Press Investidores dispendem 25% a mais do valor que estava disposto a pagar em um imóvel mais espaçoso para adquirir uma cobertura na planta
1º de outubro de 2010 - A busca pelo conforto e o aumento do poder aquisitivo estão promovendo uma corrida por coberturas em BH e reduzindo o tempo de venda desse tipo de imóvel. Imobiliárias e construtoras da capital estimam que a comercialização está mais rápida se comparada a outras unidades no mesmo empreendimento, mesmo que o valor chegue, em alguns casos, a ser duas vezes superior.

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Investimento com bom retorno

Em apenas um mês, todas as coberturas oferecidas no último empreendimento da Even Construtora e Incorporadora, o Nouveau Vila da Serra, foram vendidas. A empresa levou cinco meses para negociar o restante de unidades. Para o gerente geral da empresa em Minas Gerais, Marcelo Dzik, este é um demonstrativo do bom momento do mercado para o segmento. “Tínhamos seis unidades e o dobro de interessados, mesmo com preço médio entre 50% e 70% superior ao dos demais apartamentos no mesmo prédio”, afirma. Enquanto a cobertura de 207 m² saiu por pouco mais de R$ 780 mil, o apartamento de 100 m² teve preço médio de R$ 503 mil.

Para o presidente da corretora Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues, a economia aquecida e o aumento de renda da população explicam o crescimento do volume de pessoas com disponibilidade financeira para comprar esses imóveis de luxo. “É cada vez mais fácil vender uma cobertura, que chega a sair em tempo até 30% menor”, diz Rodrigues. A baixa oferta e a exclusividade também justificam o cenário. “Em um prédio de 20 apartamentos tem apenas uma cobertura, percentual de 5% sobre o total. Possivelmente, ela será o quarto ou quinto imóvel a ser vendido”, afirma.

Luxo
Os valores partem de R$ 1,2 milhão a R$ 10 milhões na capital, segundo o empresário. Segundo levantamento de julho da Pesquisa do Mercado Imobiliário em Belo Horizonte: Construção e Comercialização, divulgado pela Fundação Ipead, foram comercializadas cobertura de alto luxo com valor de cerca de R$ 3,3 milhões e de luxo médio, em torno de R$ 1,2 milhão. “Se estiverem dentro do preço de mercado, as unidades de alto luxo com área privativa podem ser comercializadas entre 45 e 60 dias, enquanto um apartamento qualquer no mesmo prédio pode levar de 60 a 120 dias”, calcula Rodrigues.

Pai de quatro filhos e morador de um apartamento de três quartos, o empresário Regis de Cássia Rosa, resolveu investir 25% a mais do valor que estava disposto a pagar em um imóvel mais espaçoso para adquirir uma cobertura na planta. “O custo/ benefício compensou bastante porque minha família vai ter muito mais conforto. A partir de fevereiro, quando a obra deve ser entregue, teremos uma piscina e um espaço gourmet só para a gente.”

A tendência é de que o fenômeno se mantenha. Para o presidente da CMI/Secovi (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais), Ariano Cavalcanti, as cobertura herdam o movimento natural do mercado dos últimos anos de aumento da velocidade de venda. “Há quatro anos, a média de comercialização era de 100 dias e hoje chega a 60”, afirma.
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