Construtoras desenvolvem projetos ecologicamente corretos

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postado em 04/11/2010 14:48 Celina Aquino /Estado de Minas
Um diferencial nos empreendimentos residenciais da RKM, segundo a diretora Adriana Bordalo, é o uso de materiais reaproveitáveis - Eduardo Almeida/RA Studio - 20/5/10 Um diferencial nos empreendimentos residenciais da RKM, segundo a diretora Adriana Bordalo, é o uso de materiais reaproveitáveis
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04 de novembro de 2010 - Para atender as necessidades do mercado imobiliário, que está cada vez mais preocupado com as questões ambientais, surgiram empresas especializadas na elaboração de projetos ecologicamente corretos. A Green Gold Engenharia, por exemplo, atua há cinco anos em Minas. Trabalhamos com instalação elétrica e hidráulica para apresentar soluções sustentáveis à obra, explica o diretor da empresa, Júlio César Fonseca.

Uma das primeiras preocupações dos técnicos é com o ar-condicionado, pois o sistema de refrigeração é responsável por, pelo menos, 35% do consumo de energia em uma edificação. Em seguida, vem a iluminação, que gasta 25% da eletricidade, e por último o elevador, que corresponde a 13% dos gastos.

A solução para o ar e a luz está no controle da intensidade. Se em um prédio comercial, por exemplo, os primeiros andares começam a funcionar às 8h e os últimos uma hora depois, o ideal é que sejam criados sistemas de ventilação independentes, para não haver desperdício. Geralmente você não consegue separar o ar-condicionado por áreas e o equipamento gela o edifício todo. O mais eficiente é aquele em que você separa os ambientes, até no mesmo andar, informa Júlio César.

Para controlar a iluminação, o diretor da Green Gold indica os sensores. Estou com a persiana aberta para receber a luz natural. Quando escurece, um sensor de luminosidade vai indicar a porcentagem que a lâmpada precisa se acender para eu continuar o meu trabalho. Ele ainda orienta que deve haver sensor de presença em todas as áreas comuns da construção, como corredor, escada e garagem.

Além da instalação de elevadores ecológicos, que reaproveitam a própria energia, o consumo de eletricidade pode ser reduzido com o uso de aquecimento solar. O benefício maior é para os prédios residenciais. Das soluções ambientais, é a que tem o custo de instalação mais baixo, alerta Júlio César.

O abandono do chuveiro elétrico é um dos critérios que mais contam pontos na classificação da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), criada pelo Inmetro. O aquecedor solar é uma alternativa muito eficiente do ponto de vista energético, que vai gerar uma série de benefícios, inclusive para o país, comenta Márcio Damasceno, um dos responsáveis pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Atitudes como essa é que fazem a edificação ser A ou B.

AVALIAÇÃO.  Na construtora RKM Engenharia, a consciência ecológica já começa a influenciar as decisões na fase anterior ao projeto. Logo no início, a equipe avalia em qual parte do terreno o prédio deve ser construído para se beneficiar da iluminação e ventilação naturais.

 A janela da área de serviço, por exemplo, costuma ficar virada para o lado que recebe o sol da tarde. Como a radiação é mais forte nesse horário, as roupas que estão no varal secam mais rapidamente e não será preciso gastar energia com máquina secadora. Já a posição dos quartos deve ser totalmente inversa para que eles sejam aquecidos apenas com o sol da manhã.

O quarto não pode ser um lugar abafado para o morador não ter que ligar o ar-condicionado quando chegar em casa, à noite, explica a diretora da empresa, Adriana Bordalo. Soluções que geram economia, tanto de energia quanto de água, são simples de serem executadas quando são pensadas desde o início, completa.

Um diferencial nos empreendimentos residenciais da RKM é o uso de materiais reaproveitáveis. A construtora utiliza casca de coco para revestir parede, bancada e piso nas áreas comuns do prédio, pneu reciclável para montar piso em playground, quadra e sala de ginástica.

Até garrafa PET é usada no projeto dos edifícios. Antigamente usavam lã de vidro para abafar o som do salão de festas. Em vez desse material, estamos usando garrafas PET no revestimento do teto do ambiente, que são tão boas quanto o vidro para isolamento acústico, explica Adriana.

Na hora de pensar na economia de água, nada melhor do que instalar descarga com caixa acoplada em todos os banheiros. Entre outras alternativas voltadas para o mesmo objetivo, a diretora da RKM destacou a automatização dos irrigadores de jardim. Essa irrigação tem um sensor que identifica a umidade da terra e só aciona a água se realmente houver necessidade.

A satisfação da empresa é saber que os consumidores estão dando cada vez mais valor aos projetos sustentáveis. Isso não era tão valorizado quanto é hoje. Há três anos, as pessoas começaram a ter preocupação com o valor do condomínio.

De um ano para cá, elas têm a consciência de se preocupar com o meio ambiente, observa Adriana. Como também são considerados ecologicamente corretos, os apartamentos residenciais nos prédios de alto luxo da RKM não custam menos de R$ 2 milhões.

Leia também: Inmetro cria etiqueta de conservação de energia para classificar construções

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