Acompanhe também o Lugar Certo pelo Twitter08 de novembro de 2010 - A relação de oferta e procura é determinante para o valor dos imóveis. Por isso, nem mesmo a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre materiais de construção, prevista para terminar em 31 de dezembro, e a quantidade de obras em andamento refletiam-se em queda do valor dos imóveis. “Hoje, embora tenhamos muitas construções, a procura ainda é maior que a demanda e existe um aumento de custo significativo da mão de obra, que é escassa devido a essa demanda”, explica Roberto Mesquita.
O diretor da EPO Engenharia diz que a atualização das legislações em Belo Horizonte – Código de Edificações Lei 9.725/09 e Uso e Ocupação dos Solos Lei 9.959/10 – também contribuiu de forma significativa para o aumento do valor. “Tendo em vista que os terrenos perderam, aproximadamente, 30% seu potencial construtivo. Em contrapartida, o preço do metro quadrado dos terrenos passou por um aumento, já que em Belo Horizonte é difícil achar um terreno em localização privilegiada.”
Diante desse cenário de preços altos, o consumidor deve tomar alguns cuidados para não se endividar além das suas possibilidades. Para que isso não ocorra, o diretor da ABMH, Lúcio Delfino, diz que é preciso planejar e pesquisar. “Se o intuito é de moradia, o mais importante é verificar sua própria condição econômica e nunca assumir prestação que ultrapasse 30% do salário.”
Também é preciso obter o máximo de informações possíveis sobre a empresa da qual se vai comprar o imóvel e as variadas formas de aquisição. “Por fim, nunca se empolgar ao comprar um imóvel e buscar um que atenda as necessidades da família. Quanto maior o financiamento, maior será o valor de juros pagos. Os financiamentos mais longos, de 20, 30 anos, podem ultrapassar em muito o valor do imóvel”, observa Lúcio Delfino.
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