Construções antigas

Construções antigas podem ter suas características originais melhoradas para agregar valor ao imóvel

Especialistas ensinam como unir antigo e atual usando a criatividade

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postado em 13/11/2011 11:48 Júnia Leticia /Estado de Minas
Pontuar objetos de desenho limpo no ambiente planejado ajuda a dar charme na busca de equilíbrio entre os estilos - Eduardo Almeida/RA Studio Pontuar objetos de desenho limpo no ambiente planejado ajuda a dar charme na busca de equilíbrio entre os estilos

As construções antigas exalam charme e beleza. Edificações das décadas de 1940 e 1950, por exemplo, marcaram época e são referência na arquitetura moderna. Mas esses clássicos podem ficar ainda melhores quando ganham nova roupagem, combinando técnicas e objetos de decoração modernos. Mesmo assim, muita gente acaba abrindo mão das características marcantes desse tipo de edificação por temer que o lar fique com aspecto antiquado. Mas, é possível manter as peculiaridades sem abrir mão dos recursos mais modernos de decoração e design. Assim, o cantinho da família fica personalizado, aconchegante, charmoso e com história para contar.

Para renovar conjugando o antigo com o novo de forma harmônica, a arquiteta Marina Dubal diz que é importante saber quais são as características marcantes do estilo de época presentes no imóvel. “Tacos, ladrilhos antigos, forros, gradis, entre outros, são detalhes antigos que podem conferir muito charme e personalidade a um ambiente, integrando arquitetura e interiores”, observa a arquiteta.

Como se trata de materiais muito antigos, é necessário considerar o que pode ser aproveitado ou descartado. “Nessa etapa, é muito importante o acompanhamento de um profissional para avaliar o que deve ser revitalizado e o que deverá ser renovado ou substituído”, reforça Marina.

A designer de ambientes e móveis Roberta Seabra diz que é muito comum a reforma de edificações antigas preservando os traços originais com toques contemporâneos. “Nesse caso, é necessário avaliar o que pode ser mantido ou tratado para assim planejar o que pode ser feito para tornar o ambiente aconchegante, com um ar mais moderno”, reitera.

A história contada pelo antigo e a possibilidade de criar espaços onde as peças trazem referências e recordações é algo maravilhoso, na opinião da decoradora Dênia Diniz. “Pontuar objetos antigos em meio aos novos é interessante, desde que haja equilíbrio na composição”, considera Dênia.

A arquiteta Marina Dubal diz que o primeiro passo é identificar aspectos marcantes do estilo de época do imóvel - Eduardo Almeida/RA Studio A arquiteta Marina Dubal diz que o primeiro passo é identificar aspectos marcantes do estilo de época do imóvel
De acordo com a decoradora, uma boa sugestão para obter esse equilíbrio é harmonizar peças mais pesadas com objetos de desenho limpo. O resultado dessa aposta é uma valorização do design e da história das peças. “Dando-se destaque a elas em meio a uma base mais neutra”, acrescenta Dênia.

Para conseguir a harmonia entre o antigo e o novo não há regras, conforme o arquiteto João Carlos Moreira. “O equilíbrio que vem do contraste é uma constante no nosso trabalho: claro escuro, rústico e polido, velho e novo, clássico e moderno. Conseguir isso nem sempre é fácil”, reconhece.

MOTIVAÇÃO

Mas esse desafio pode ser muito instigante. Para o arquiteto, é sempre muito interessante encontrar um espaço antigo com uma arquitetura interessante ou detalhes de estilos passados e remodelá-lo. “Projetar um espaço atual mas respeitando a historia existente, seja no projeto ou nos materiais usados na construção, como pisos de madeira, tacos, parquet, azulejos ou mármores importados, janelas e portas em madeira, ou ferro e vitrô”, enumera João Carlos.

Fazer uma casa moderna, contemporânea, usando na decoração ou nos acabamentos peças de época, também é válido, segundo a designer de interiores Maria Tereza Terence. “Nos dois casos, é muito importante estabelecer critérios antes de projetar, para criar ambientes harmônicos, charmosos, que contam historias, mas não tentam ser antigos, uma cópia do passado”, ressalta. Para ela, os ambientes, assim como as pessoas, têm de ser verdadeiros. “Ou seja, mostrar de que época são, sem tentar parecer o que não são. No caso de peças ou das construções, o antigo é a base, mas o clima final é dado pelo novo. Assim, chegamos em ambientes elegantemente diferenciados”, comenta.

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