Consumidores preferem comprar apartamento com ar condicionado

O calor aumenta, a poluição se aproxima, o ruído incomoda e a tendência é crescer a procura por ar-condicionado em residências. O que torna a solução mais interessante é a queda de preço dos equipamentos, como observa o sócio-proprietário do Grupo Orlando Alexandre Villela Jorge Daher, que oferece soluções para climatizar ambientes. "Com o crescimento do poder aquisitivo, as pessoas se preocupam mais com o conforto", completa. Opções não faltam para quem não quer sofrer com as altas temperaturas. O ar-condicionado de janela já caiu em desuso, porque compromete a fachada do edifício e faz muito barulho enquanto está ligado. O mercado também oferece o aparelho portátil. A vantagem é não precisar investir em instalação, mas ele não é tão eficiente, pois costuma demorar mais para resfriar o ambiente. Daher explica que o há de melhor hoje é o split, já que é mais bonito, mais flexível e totalmente sem ruído. Baseado no conceito de divisão, o split é separado em duas partes, interligadas por tubos e cabos elétricos: uma fica na área externa e a outra no interior de cada cômodo. O sócio-diretor da Green Gold Engenharia Júlio César Fonseca destaca que não se pode esquecer do dreno, sistema que não deixa a água pingar. "Isso tem que ser pensado de acordo com o projeto arquitetônico do edifício. Normalmente, colocamos um tubo vertical, próximo ao lugar onde ficam os aparelhos, que manda a água para a rede de esgoto. É como se fosse um esgoto secundário", explica. Fonseca diz que ar-condicionado central é mais indicado para áreas grandes e comerciais, como shoppings, onde a máquina funciona constantemente. "em prédio residencial, cada morador tem que ter o seu aparelho para usar na hora que quiser. Se instalasse um sistema central, o gasto teria que ser rateado com todos os condôminos, e isso não funcionaria", opina. FACHADA O sócio-proprietário do Grupo Orlando Alexandre Daher reforça o alerta de que a instalação de ar-condicionado deve ser pensada junto com o projeto arquitetônico do prédio. Como, independentemente do modelo, parte da máquina tem que ficar exposta para trocar calor com o ambiente externo, o ideal é que a construtora pense no sistema de refrigeração antes de projetar a fachada. %u201CSe ela deixa para pensar depois, vai ter mais despesa, porque terá que quebrar o que já está pronto. É mais barato investir em ar-condicionado durante a obra%u201D, afirma. O mesmo vale para o comprador. Confiante, Daher acredita que as vendas vão manter crescimento de 15% ao ano. "ar-condicionado vai se tornar item de série, como ocorreu com a indústria automobilística. Hoje é difícil pensar em carro sem sistema de refrigeração, a não ser os populares", diz. O sócio-proprietário do Grupo Orlando acredita que o imóvel ganha valor de mercado por agregar conforto.