Embora morar em uma casa minúscula seja um estilo de vida único, há um grande número de pessoas que optam por passar os dias assim. Em uma comunidade próxima a Washington, nos EUA, um casal é um exemplo. Para Christopher e Malissa Tack, o simples fato de ouvir falar sobre o movimento das casinhas pequenas, que já conta com entusiastas pelo mundo inteiro, já foi o incentivo que precisavam para sair de sua rotina movimentada e tecnologicamente avançada, para experimentar algo novo.
Como demonstra reportagem do jornal americano Huffington Post, antes do casal construir sua própria morada de pouco mais de 13 metros quadrados perto de Seattle, ambos tinham atuação profissional envolvida em áreas de alta tecnologia. Ele era um "líder criativo" na Apple, e ela uma artista com foco em animação 3D . Embora suas carreiras fossem voltadas a um estilo de vida altamente moderno, Chris e Malissa decidiram abandonar essa mentalidade quando um cliente contou sobre a ideia das casas minúsculas.
Começaram então a criar conceitos de maquetes, em espaços possíveis de realizar a construção. Para começar o projeto, o casal precisou tomar empréstimos, mas assumir o financiamento deste sonho não era a parte mais difícil. Muitos moradores deste tipo de casa construíram a residência com as próprias mãos, entretanto Chris e Malissa tinham uma experiência mínima sobre obras e trabalhos construtivos. Assim, recorreram à internet, pesquisaram em blogs e assistiram a vídeos de YouTube para aprender processos específicos, tais como a instalação de janelas.
Seis meses mais tarde, eles começaram a colher os benefícios de seu novo lar, principalmente depois que abandonaram os empregos anteriores. Como o casal conta na reportagem do jornal americano, a vida na pequena casa é relativamente barata. Os custos indiretos foram baixos e a casa, que ainda diminui os impactos sobre o meio ambiente, será totalmente paga em apenas dois ou três anos.
A pequena casa, onde o casal agora vive com seus gatos e duas galinhas, foi projetada para ter a aparência e o conforto de uma casa normal. Sustentada sobre rodas, conta com sistema de encanamento, eletricidade, chuveiro, banheiro de fossa séptica, fogão a gás e fogão a lenha. Uma escada leva para o sótão, onde se abre uma clarabóia. A residência conta ainda com ambiente para convidados, cozinha, despensa, televisão, e um pequeno espaço de escritório que surge quando uma mesa embutida na parede se abre. Com capacidade interna para dois, a morada ainda pode ser ampliada para receber mais duas pessoas em uma tenda que pode ser montada do lado de fora.
Eles disseram ainda que se tornaram mais educados um com outro, já que o espaço reduzido exige uma convivência harmoniosa. "Nós definitivamente aprendemos a importância de respeitar o espaço. Por exemplo, dizendo 'desculpe-me' ao passar um pelo outro na cozinha”, contou Christopher. Agora, o casal quer espalhar a semente deste modo vida. "Se você pensa de forma diferente e abraça o não-tradicional, você pode alterar as possibilidades," finalizou Chris, que agora trabalha como fotógrafo - Malissa está atuando como artista freelance.
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