Com bases sólidas

Mercado imobiliário atravessa fase com grandes investimentos e otimismo

Prova disso é a quantidade de empreendimentos que surgem a cada dia no cenário mineiro

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postado em 04/02/2013 07:00 / atualizado em 04/02/2013 16:35 Júnia Leticia /Estado de Minas
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Crédito imobiliário, aumento da renda do brasileiro e diminuição da taxa de desemprego. Na junção desses fatores está o otimismo em relação ao mercado imobiliário. Tanto é assim que as perspectivas das construtoras e incorporadoras para este ano são as melhores possíveis, confirmando o bom momento para investir em imóveis.

Diretor comercial da Vale Verde Empreendimentos Imobiliários, José Renato Araújo denomina o conjunto desses fatores como o tripé da prosperidade. “O Brasil ficou três décadas sem grandes investimentos. Porém, de uma hora para outra nos deparamos com diversas demandas imediatas. A população passou a almejar outros objetivos de vida e de consumo e, sem dúvida nenhuma, a principal meta de uma família é a casa própria”, diz.

Investimentos em obras, mobilidade urbana, estradas, portos e ferrovias para a Copa do Mundo e as Olimpíadas comprovam que o otimismo no setor é fundamentado. “Soma-se a isso o déficit habitacional, apoiado no tripé da prosperidade. Em resumo, fizemos e ainda estamos fazendo o que JK tentou fazer décadas atrás: ‘50 anos em 5’”, afirma José Renato.

O conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, se baseia na demanda reprimida por imóveis como um dos principais fatores que contribuem para a solidez no setor. “O mercado está aquecido e oferece facilidades ao comprador, como financiamentos atraentes, queda de juros e prazos mais longos.”

Os critérios para liberação de crédito também contribuem para que os negócios tenham mais solidez e segurança. “Os bancos responsáveis pelos financiamentos são bastante rigorosos nas análises de crédito, dando a possibilidade de compra somente para aqueles que têm as condições necessárias de contrair tal dívida”, explica. Ariano cita, ainda, a porcentagem relativamente pequena do total de financiamentos no Brasil, “que corresponde a 5% do PIB, enquanto em países em desenvolvimento esse percentual está entre 10% e 15%. Nesse caso, o mercado imobiliário brasileiro ainda tem um estoque de imóveis baixo se comparado a outros países em desenvolvimento, como a China”.

O bom momento para o mercado imobiliário levou o tabelião João Renato Lara a investir em um terreno no EcoVillas Vale Verde, em Betim, na região metropolitana. Ele conta que a estabilidade econômica contribuiu para essa decisão. “Investir em imóveis hoje é muito seguro e rentável. Além disso, Betim está crescendo muito, com um mercado bastante aquecido”, diz.

A todo vapor

As perspectivas positivas têm alavancado novos empreendimentos, como contam empresários do setor. O diretor-presidente da EPO Engenharia, Gilmar Dias dos Santos, por exemplo, projeta 15% de aumento nos lançamentos e vendas da empresa em 2013, em comparação com o ano anterior. “Projetamos esse crescimento baseados na qualidade dos nossos produtos, bem como na manutenção das taxas juros hoje praticadas, que manterão a atratividade em investimentos nos imóveis.”

O tabelião João Renato Lara diz que a estabilidade econômica do país contribuiu para sua decisão de investir na compra de um terreno em Betim  - Eduardo de almeida/RA Studio O tabelião João Renato Lara diz que a estabilidade econômica do país contribuiu para sua decisão de investir na compra de um terreno em Betim
Os planos da EPO para este ano passam, também, pela conclusão das diversas obras que já estão em andamento na cidade. “São empreendimento comerciais e residenciais em regiões estratégicas, como o Vetor Norte, Centro-Sul e Sul da região metropolitana. A escolha da localização dos empreendimentos está ligada ao aumento da valorização desses locais”, diz Santos. A EPO está com aproximadamente 350 mil metros quadrados de obra em andamento, com entrega prevista de 80 mil m² este ano. “Para iniciar, programamos mais seis empreendimentos, contemplando cerca de 90 mil m² de obra a construir”, conta.

Gerente de vendas da Tratenge, Thiago Teixeira projeta aumento na demanda para as praças em que atua (Betim e Grande São Paulo).” No caso de Betim, ele lembra que se trata do segundo maior PIB do estado, com arrecadação de quase R$ 30 bilhões, além do déficit habitacional e aumento da procura de imóveis na região por parte de investidores. “Um dos grandes investimentos na região é a construção do Rodoanel, uma das ações do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem como âncora o Vetor Oeste Betim.”

Para atender essa demanda e as expectativas em relação à cidade, Thiago conta que a empresa planejou três lançamentos para este ano, sendo dois em Betim e um em Itaúna. “E temos dois empreendimentos lançados em 2012 em andamento e com entrega de chaves prevista para 2014. O déficit de moradia, combinado com a facilidade de acesso ao crédito e os subsídios proporcionados pelos programas de incentivo do governo, cria esse cenário positivo.”

Betim também é uma das grandes apostas da Vale Verde Investimentos Imobiliários. Para este ano está previsto o lançamento de um resort spa com 240 quartos que fará parte do Complexo Vale Verde. O empreendimento terá foco em eventos e treinamento empresarial e, aos fins de semana, será voltado para lazer, como conta o diretor comercial da empresa, José Renato Araújo. “Será um dos equipamentos de entretenimento mais completos da Região Metropolitana de BH.” Nova Lima, na Grande BH, é outra cidade que está nos planos da Vale Verde, com o investimento em um shopping e a previsão de construção de um condomínio de luxo. “Em 2013 será lançado o Shopping Jardim Casa, no Jardim Canadá, focado no segmento moveleiro. Projetado em duas etapas, o centro comercial terá 49 lojas.”
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Fábio - 04 de Fevereiro às 16:57
Mais do mesmo: Mercado em crise, com quedas nos preços e nas vendas (comprovado pelo último índice FipeZap, que citou BH como uma das cidades onde os preços continuam caindo), e o pessoal do EM só publicando informação positiva, com depoimentos "isentos", de gente que não tem "nada a ganhar" com isso

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