Crédito imobiliário, aumento da renda do brasileiro e diminuição da taxa de desemprego. Na junção desses fatores está o otimismo em relação ao mercado imobiliário. Tanto é assim que as perspectivas das construtoras e incorporadoras para este ano são as melhores possíveis, confirmando o bom momento para investir em imóveis.
Diretor comercial da Vale Verde Empreendimentos Imobiliários, José Renato Araújo denomina o conjunto desses fatores como o tripé da prosperidade. “O Brasil ficou três décadas sem grandes investimentos. Porém, de uma hora para outra nos deparamos com diversas demandas imediatas. A população passou a almejar outros objetivos de vida e de consumo e, sem dúvida nenhuma, a principal meta de uma família é a casa própria”, diz.
Investimentos em obras, mobilidade urbana, estradas, portos e ferrovias para a Copa do Mundo e as Olimpíadas comprovam que o otimismo no setor é fundamentado. “Soma-se a isso o déficit habitacional, apoiado no tripé da prosperidade. Em resumo, fizemos e ainda estamos fazendo o que JK tentou fazer décadas atrás: ‘50 anos em 5’”, afirma José Renato.
O conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, se baseia na demanda reprimida por imóveis como um dos principais fatores que contribuem para a solidez no setor. “O mercado está aquecido e oferece facilidades ao comprador, como financiamentos atraentes, queda de juros e prazos mais longos.”
Os critérios para liberação de crédito também contribuem para que os negócios tenham mais solidez e segurança. “Os bancos responsáveis pelos financiamentos são bastante rigorosos nas análises de crédito, dando a possibilidade de compra somente para aqueles que têm as condições necessárias de contrair tal dívida”, explica. Ariano cita, ainda, a porcentagem relativamente pequena do total de financiamentos no Brasil, “que corresponde a 5% do PIB, enquanto em países em desenvolvimento esse percentual está entre 10% e 15%. Nesse caso, o mercado imobiliário brasileiro ainda tem um estoque de imóveis baixo se comparado a outros países em desenvolvimento, como a China”.
O bom momento para o mercado imobiliário levou o tabelião João Renato Lara a investir em um terreno no EcoVillas Vale Verde, em Betim, na região metropolitana. Ele conta que a estabilidade econômica contribuiu para essa decisão. “Investir em imóveis hoje é muito seguro e rentável. Além disso, Betim está crescendo muito, com um mercado bastante aquecido”, diz.
A todo vaporAs perspectivas positivas têm alavancado novos empreendimentos, como contam empresários do setor. O diretor-presidente da EPO Engenharia, Gilmar Dias dos Santos, por exemplo, projeta 15% de aumento nos lançamentos e vendas da empresa em 2013, em comparação com o ano anterior. “Projetamos esse crescimento baseados na qualidade dos nossos produtos, bem como na manutenção das taxas juros hoje praticadas, que manterão a atratividade em investimentos nos imóveis.”
Os planos da EPO para este ano passam, também, pela conclusão das diversas obras que já estão em andamento na cidade. “São empreendimento comerciais e residenciais em regiões estratégicas, como o Vetor Norte, Centro-Sul e Sul da região metropolitana. A escolha da localização dos empreendimentos está ligada ao aumento da valorização desses locais”, diz Santos. A EPO está com aproximadamente 350 mil metros quadrados de obra em andamento, com entrega prevista de 80 mil m² este ano. “Para iniciar, programamos mais seis empreendimentos, contemplando cerca de 90 mil m² de obra a construir”, conta.
Gerente de vendas da Tratenge, Thiago Teixeira projeta aumento na demanda para as praças em que atua (Betim e Grande São Paulo).” No caso de Betim, ele lembra que se trata do segundo maior PIB do estado, com arrecadação de quase R$ 30 bilhões, além do déficit habitacional e aumento da procura de imóveis na região por parte de investidores. “Um dos grandes investimentos na região é a construção do Rodoanel, uma das ações do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem como âncora o Vetor Oeste Betim.”
Para atender essa demanda e as expectativas em relação à cidade, Thiago conta que a empresa planejou três lançamentos para este ano, sendo dois em Betim e um em Itaúna. “E temos dois empreendimentos lançados em 2012 em andamento e com entrega de chaves prevista para 2014. O déficit de moradia, combinado com a facilidade de acesso ao crédito e os subsídios proporcionados pelos programas de incentivo do governo, cria esse cenário positivo.”
Betim também é uma das grandes apostas da Vale Verde Investimentos Imobiliários. Para este ano está previsto o lançamento de um resort spa com 240 quartos que fará parte do Complexo Vale Verde. O empreendimento terá foco em eventos e treinamento empresarial e, aos fins de semana, será voltado para lazer, como conta o diretor comercial da empresa, José Renato Araújo. “Será um dos equipamentos de entretenimento mais completos da Região Metropolitana de BH.” Nova Lima, na Grande BH, é outra cidade que está nos planos da Vale Verde, com o investimento em um shopping e a previsão de construção de um condomínio de luxo. “Em 2013 será lançado o Shopping Jardim Casa, no Jardim Canadá, focado no segmento moveleiro. Projetado em duas etapas, o centro comercial terá 49 lojas.”