Extensão da Zona Sul

Investidores planejam empreendimentos audaciosos e milionários para Macacos

O distrito mineiro São Sebastião das Águas Claras é a bola da vez do mercado imobiliário

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postado em 30/03/2014 08:30 Paula Takahashi /Estado de Minas
Vista privilegiada para Belo Horizonte estimula grandes empreendimentos - Divulgação/Neo Urbanismo Vista privilegiada para Belo Horizonte estimula grandes empreendimentos
Incrustado nas montanhas, rodeado por uma densa mata preservada e cercado por rios, o distrito de São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, está na mira dos investidores. A apenas 25 quilômetros de Belo Horizonte, o vilarejo oferece tranquilidade, qualidade de vida e sossego que os moradores buscam, com a conveniência de estar a poucos minutos do turbilhão da capital. Motivo suficiente para que a Neo Urbanismo anunciasse investimento de R$ 25 milhões no condomínio de lotes Reserva Águas Claras, com previsão para ser lançado em junho deste ano. “Macacos é uma extensão natural da Zona Sul de Belo Horizonte”, avalia Carlos Eduardo Battesini, sócio-diretor da Neo Urbanismo.

Serão 176 lotes com opções de 1 mil e 2,5 mil metros quadrados. A estrutura do condomínio contará com área de lazer completa que inclui, entre outros itens, espaço gourmet, piscina com raia, quadra de tênis e espaço kids. “A expectativa é de que as obras de infraestrutura comecem logo depois do lançamento e levem de 18 a 24 meses para serem concluídas”, antecipa Carlos. Integrante do grupo de investidores, Eloi Oliveira, diretor da Aprove Empreendimentos, estima que o custo do lote gire em torno de R$ 300 o metro quadrado, valor que ainda não está fechado.

Além da participação no novo loteamento, a Aprove ainda integra outro grupo de investidores que promete lançar um projeto audacioso no distrito. “Temos outro empreendimento em uma área de 600 mil metros quadrados. Nesse local serão construídos, na primeira etapa, um hotel com 250 apartamentos e um centro de convenção que, ao final, terá capacidade para atender quatro mil pessoas”, detalha Eloi. Nessa primeira fase é estimado aporte de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, recursos que serão captados junto a fundos de investimentos. “Nesse momento estamos negociando. Enquanto isso, o projeto está em fase final de desenvolvimento para ser apresentado na prefeitura”, afirma o executivo.

As obras não vão parar por aí. “A intenção é desenvolver um verdadeiro complexo turístico e hoteleiro com centro cultural, área gastronômica, galeria de arte, entre outros serviços. É um projeto para os próximos 12 anos”, antecipa Eloi. Ao longo desse período, o investimento inicial estimado para a primeira fase pode ser multiplicado em até 10 vezes, segundo projeções dos empresários envolvidos no negócio. “Enxergamos que Macacos tem potencial para se transformar no que Itaipava é para o Rio de Janeiro ou mesmo uma pequena Tiradentes”, observa o diretor da Aprove.

LIMITADO

Empreendimentos como os que já estão em andamento em Macacos são raros no distrito diante das restrições de terrenos disponíveis. “Grande parte das áreas no entorno são de propriedade de mineradoras, como a Vale. São poucas as áreas que estão nas mãos do poder privado”, reconhece o secretário de Planejamento de Nova Lima, Gabriel Gobbi. O plano diretor e de uso e ocupação do solo do município, em fase de revisão, também não deve estimular uma corrida imobiliária para a região. “A ideia é ocupar de forma ordenada e dentro da vocação que o distrito já tem de ser um polo turístico e gastronômico. Empreendimentos que mantenham esse perfil serão priorizados”, reconhece o secretário.
Igreja de São Sebastião, no centro da cidade: ar bucólico atrai turistas e moradores - Paulo Filgueiras/EM/D.A Press Igreja de São Sebastião, no centro da cidade: ar bucólico atrai turistas e moradores
Não é por acaso que os imóveis disponíveis são concorridos e a valorização imobiliária atingiu em cheio o vilarejo. “Existe uma grande procura e o mercado continua muito aquecido”, reconhece André Lamego, proprietário da Vilarejo Imobiliária, que atua há 35 anos em Macacos. Segundo ele, a área conhecida como Estrada dos Mendes é um dos poucos redutos de terrenos propícios para expansão. “A tendência é crescer nessa direção”, antecipa.

A prefeitura de Nova Lima já prepara um projeto urbanístico e paisagístico que promete revitalizar Macacos e atrair ainda mais turistas. O reflexo sobre o mercado imobiliário também deve ser imediato. “Haverá uma valorização, atrairemos mais investidores e moradores, além de proporcionar um maior desenvolvimento social e econômico”, prevê Eloi. O investimento é estimado em R$ 3 milhões e as obras devem ser realizadas entre este e o próximo ano.

Tags: mercado imobiliário

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600
 
valmir - 30de Março às 09:54
fudeu...

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