Casa em Portugal utiliza a volumetria para valorizar a arquitetura tradicional do país

A cultura construtiva lusitana aparece em propostas contemporâneas nos 350 m² da morada

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postado em 14/06/2013 08:00 Joana Gontijo /Lugar Certo
Francisco Nogueira/CHP Arquitectos/Divulgação

A concepção do projeto desta morada em Portugal partiu da intenção de lançar um olhar contemporâneo acerca das características mais significativas da arquitetura tradicional do país, ressaltando principalmente o equilíbrio harmônico entre cada edifício que compõe a obra. A residência, assinada pelo escritório CHP Arquitectos, é integrada por cinco volumes distintos, interligados por passagens entre eles.


A construção, de área total de 350 m², está implantada em um terreno de 2,5 mil m², inserido no Belas Clube de Campo, em Lisboa. O lote apresenta uma inclinação acentuada, vencendo dez metros desde a rua de acesso até o limite sul. Com isso, o imóvel situa-se em uma região mais baixa que a rua, relacionando-se e aproximando-se das partes mais interessantes do terreno, que abrem a visão para um pequeno eucaliptal e um campo de golfe.

Entre cada bloco da casa, os espaços criados permitem um conjunto de relações, fazendo nascer distâncias e panoramas externos que formam um ambiente rico e diverso. As zonas de convivência aparecem no centro e valorizam a natureza circundante, concebendo para a casa uma distribuição arquitetônica simples e funcional.

Do acesso principal, a primeira vista para a residência traz o entendimento global da construção e, à medida que se vai descendo pelo percurso desenhado, mergulha-se no projeto e nos sucessivos espaços exteriores resultantes da sua implantação. O traçado reúne de maneira bem resolvida as variadas proporções da volumetria, das coberturas e dos vãos.

Desenvolvidos em um piso térreo, os cinco volumes de diferentes escalas proporcionam uma sucessão de pátios e vistas, um jogo de sombras e luz, de complexidade e surpresa, o que confere uma vivência espacial, interior e exterior, muito particular, segundo os autores.

O corpo central, por onde é feita a entrada e a distribuição da casa, corresponde à sala que se desenvolve em dois níveis e se relaciona diretamente com o lado de fora. Este cômodo dá acesso a outro corpo que engloba a sala de jantar, a cozinha e a lavanderia. Na direção poente, fica a suíte master, organizada em três ambientes conectados: casa de banho, closet e espaço de dormir. Nos dois blocos a sudoeste, estão outras três suítes e uma sala, que podem funcionar de forma autônoma sem condicionar o funcionamento do núcleo principal.
Francisco Nogueira/CHP Arquitectos/Divulgação
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