Aos pés de um morro, casa chilena se abre em um pavilhão que chega à natureza

Morada lança mão do soprar suave do vento que perpassa todos os ambientes

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postado em 18/06/2013 11:04 / atualizado em 18/06/2013 11:12 Joana Gontijo /Lugar Certo
Cazú Zegers G/Divulgação

Um sopro que insufla a vida, um vento macio que perpassa as aberturas e forma desenhos na areia. Situada em uma zona urbana fabulosa em termos territoriais, esta morada na região metropolitana de Santiago, no Chile, é composta para ser um pavilhão aberto à paisagem. Com projeto do escritório Cazú Zegers G., iniciado em 2011, a estrutura em concreto que valoriza a utilização de muito vidro nas paredes faz a integração perfeita com o meio ambiente circundante, aos pés do Morro Manquehue.


Por trás, a construção, nomeada Casa Soplo, é conjugada com o acesso, fechada em curvas por muros sinuosos que são um grande destaque da obra. Eles buscam inspiração na vivência de adentrar um dos trabalhos do artista norte-americano Richard Serra, uma série de esculturas em aço corten, em exposição permanente no museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha. As curvas se formam em dois sistemas áureos, que dão o traçado ao “sopro”.

Instalada em um lote de 1.460 m², com área construída total de 280 m², a residência tem caráter familiar e não compreende uma arquitetura especial e distinta. Ao contrário, aparece para conceber uma fachada harmonizada com o imóvel vizinho criado pelo premiado arquiteto Luis Izquierdo e, tomando as linhas desta casa, atinge com isso um generoso espaço para a vista.

Cazú Zegers G/Divulgação
Por dentro, aconteceu um grande esforço de redução, onde surge um ambiente aberto com dupla circulação - uma fechada atrás, e outra voltada à paisagem, impedindo com que os espaços alcancem a fachada. Assim, aparece uma dinâmica espacial particular que retira do habitar uma configuração hierárquica. O morar, então, aí se torna uma experiência fluida, passeia entre o interior e exterior, fazendo com que o local, aproveitado horizontal e verticalmente, seja infindo e repleto de possibilidades.

Planejada para funcionar como uma quinta fachada, a cobertura é revestida com um deck colocado para ser um mirante e adornado por flores, o que auxilia na eficiência técnica da casa. A ideia do jardim nasce como uma “quinta urbana”, lançando mão de arranjos de paisagismo agrário, com as espécies enraizadas em terraços curvos que dialogam com os muros de acesso. Esta parte do imóvel é contornada pela bela piscina de 25 metros que convida a momentos de diversão e convivência.

A conversa entre a arquitetura e a escultura é um ponto alto da área interna que, por sua vez, traz uma atmosfera acolhedora que torna o experimento dos ambientes muito mais agradável.

Tags: arquitetura

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