Veia extrativista

Minas se destaca pela produção de materiais como cimento, concreto, aço e argamassa

Expectativa de crescimento do mercado mineiro é de 10% no volume de negócios este ano

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postado em 26/02/2014 09:00 / atualizado em 25/02/2014 15:31 Paula Takahashi /Estado de Minas
O estado concentra 69,2% da extração nacional de minério de ferro - Agência Vale/Divulgação O estado concentra 69,2% da extração nacional de minério de ferro
A base da cadeia da construção civil encontra solo fértil em Minas. Iniciada na indústria extrativa de minerais metálicos e não metálicos, a produção de materiais básicos como cimento, argamassa, concreto e aço tem expressividade no mercado mineiro, motivada principalmente pela abundância de matéria-prima. Segundo o Sumário Mineral de 2013, divulgado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o estado é o segundo maior produtor de areia para a construção no Brasil – base para a preparação de concreto, argamassa, pré-fabricados e pavimentação –, com 11,8% do mercado. Minas fica atrás apenas de São Paulo, que concentra 23,3% da extração.

Com quase 3 mil toneladas de areia comercializadas diariamente, a Brasmic destina 80% de toda sua produção às construtoras. Os 20% restantes são distribuídos para revendedores, como os pequenos depósitos. “Estamos cautelosos, mas em conversas com empresários, é possível perceber perspectivas de melhora”, diz Márcio Braga, diretor da Brasmic. A expectativa é de retomada mais expressiva no segundo semestre. “Se houver um reaquecimento, devemos empatar os resultados obtidos em 2013”, avalia Márcio. A empresa, com jazida de extração e beneficiamento em Betim, na Grande BH, atua ainda no mercado de pedras e brita.

Usiminas/Divulgação
Na produção desta última, Minas ocupa a segunda colocação nacional, atrás dos paulistas, com 12% da fatia de extração de brita, contra 28% do primeiro colocado. No quesito minério de ferro não há quem nos supere. O estado concentra 69,2% da extração nacional, seguido pelo Pará, com 26,8%. Abundância fundamental para a produção de estruturas em aço. Segundo dados do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), 12,7% das empresas fabricantes do país estão em solo mineiro, segundo estado que mais abriga esse mercado, perdendo para São Paulo, com 42%.

A força da construção civil sobre o desempenho desse setor é de extrema relevância, já que quase 40% de toda estrutura de aço brasileira é destinada a edificações e projetos de infraestrutura. “O Brasil ainda tem uma cultura muito forte de produção em concreto e temos trabalhado para mudar esse quadro. Hoje, 14% de tudo que se constrói no país é em aço, percentual que precisa crescer”, avalia Fernando Matos, gerente executivo do CBCA, gerido pelo Instituto Aço Brasil. “A indústria está usando 76% de sua capacidade produtiva, o que mostra ociosidade”, reconhece. A expectativa é de crescimento de 10% este ano.
Agência Vale/Divulgação
ROCHAS ORNAMENTAIS

Entre os maiores produtores de rochas ornamentais do Brasil, ao lado do Espírito Santo, Minas concentra quase a totalidade da produção e exportação de ardósias e pedras-sabão, sendo a principal origem dos chamados granitos exóticos. “Temos quatro regiões atualmente, que são responsáveis por mais de 80% da produção de Minas”, afirma José Balbino Maia de Figueiredo, presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Beneficiamento de Mármores, Granitos e Rochas Ornamentais no Estado de Minas Gerais (Sinrochas-MG).
Arte/EM
Nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce se concentra o granito; de São Tomé das Letras e Diamantina sai o quartzito; Ouro Preto e Mariana são importantes fontes de esteatito, a famosa pedra-sabão; e Papagaios concentra a extração de ardósia. Apesar do destaque na extração, a maior parte do que é produzido no estado vai para o Espírito Santo para ser industrializada e transformada em chapas. Com o forte aquecimento da construção civil nos últimos anos, o mercado interno passou a absorver boa parte da produção antes destinada à exportação. “Hoje, o Brasil consome 60% das rochas ornamentais. O bom momento da construção é responsável pelo crescimento do mercado, que 2013 registrou aumento de 10%.”

Tags: construção civil

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Andre - 26 de Fevereiro às 10:57
UMA GRANDE VERGONHA LER ESSA MATERIA. PRODUTOS BARATOS,COM EXTRATIVISMO DESTRUIDOR DO MEIO AMBIENTE,MOVIMENTAÇÃO PERIGOSA DE CAMINHÕES E SUJEIRAS E BURACOS NAS ESTRADAS.SE FOSSE LIDER EM TECNOLOGIA,SERIAMOS OUTRA COISA. MUDA BRASIL!MUDA MINAS! CHEGA!CANSOUDE TANTAS SACANAGENS!NÃO MERECEMOS NADA DISSO

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