Condomínios náuticos são a bola da vez no mercado imobiliário

Represa do Funil, próxima a Lavras, é a grande aposta no mercado imobiliário mineiro. Esportes, lazer e contato com a natureza são os grandes atrativos dos empreendimentos

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postado em 05/05/2014 09:23 Carolina Cotta /Estado de Minas
Lançado recentemente, o Condomínio Riviera do Lago, às margens da represa, ocupa cerca de 250 mil metros quadrados -  Gustavo Ceccato/Divulgação Lançado recentemente, o Condomínio Riviera do Lago, às margens da represa, ocupa cerca de 250 mil metros quadrados


Minas não tem mar, mas tem muitas barragens e muito investidor de olho nelas. Furnas e Três Marias há alguns anos já viram suas margens darem origem a loteamentos e condomínios náuticos. As atenções agora se voltam para outras águas, caso da Represa do Funil, localizada no município de Ijaci, a poucos quilômetros de Lavras e a 220 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo José Márcio Alves, de 57 anos, da JM Imóveis, de Lavras, a barragem tem cerca de 10 anos, mas só nos últimos dois anos alavancou a venda de terrenos no seu entorno.

Segundo o corretor, com 12 anos de experiência na região, esse aquecimento do mercado imobiliário ligado a imóveis náuticos naquela região tem a ver com o baixo nível da água de outros lagos artificiais próximos, caso da Represa de Camargos, que fica entre Lavras e São João del-Rei. A popularização do turismo náutico por causa dos esportes especializados, como wakeboard, barco a vela e mesmo a pesca, é outro promotor dessa busca por casas e clubes à beira d’água.

José Márcio conta que só na última semana, durante coquetel de apresentação do loteamento Lagoa Verde, foram vendidos quase todos os lotes, antes mesmo do lançamento oficial. No Condomínio Ilha Brasil, por exemplo, um dos primeiros da Represa do Funil, lotes de 700 a 750 metros quadrados (m²), com acesso à água e assim possibilidade de construção de píeres exclusivos, custam de R$ 230 mil a R$ 240 mil. “A estrutura está toda pronta e agora estão melhorando a área comum, caso do clube”, explica.

 Gustavo Ceccato/Divulgação


INFRAESTRUTURA

Um dos mais novos lançamentos locais é o Condomínio Náutico Riviera do Lago, em Macaia, distrito de Bom Sucesso. Segundo o empresário Fernando Alvarenga, de 37, são quase 250 mil metros quadrados divididos em 213 lotes a partir de 1.000m² e um condomínio com ampla área de lazer e entretenimento. “Percebi que a procura por um local propício à prática de esportes náuticos vem aumentando muito. Mas esse é apenas um dos benefícios. O lugar também é ideal para quem busca tranquilidade, paz e natureza”, explica o investidor.

O loteamento foi dividido em duas etapas e a primeira delas já tem asfalto, luz e portaria. O clube tem uma pequena sede, um campo de futebol society, quadra poliesportiva e quadra de areia. O próximo passo é a construção da piscina, quadra de tênis e da marina, que deve começar no segundo semestre. O condomínio terá ainda dois píeres conjuntos para os 150 lotes que não têm acesso à agua, que têm 1.000m² e custam de R$ 70 mil a R$ 90 mil. Outros 50 estão à margem da represa, têm 2 mil m² e custam cerca de R$ 160 mil.

 Gustavo Ceccato/Divulgação


Com menos de um ano de comercialização, já foram vendidos mais de 25% das unidades. Um dos compradores é Guilherme Ferreira Silva. “Escolhi esse local pelo fato de ser um condomínio fechado e também pela represa. Lá tem um nível de água constante, a região é muito bonita e a estrada de acesso é muito. Saio de BH tranquilamente numa sexta-feira e retorno no domingo. É um local bem preservado. Acredito que a região tem muito potencial turístico, principalmente turismo náutico”, enfatiza.

A região é considerada um dos principais pontos de mergulho em Minas Gerais. A Represa do Funil cobriu uma ponte construída em Lavras em 1844. Submersa, a chamada Ponte do Funil aumentou o grau de dificuldade e técnica exigidos para a prática do mergulho. A estrutura da ponte, a riqueza de detalhes encontrados ao fundo da represa, como postes e placas, e a rica vida aquática são atrativos para os mergulhadores.

 Gustavo Ceccato/Divulgação

Tags: mercado

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600
 
Paulo - 05 de Maio às 11:52
Só tem que torcer para esse "mar" não secar...

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