Programa 'Minha Casa, Minha Vida' estimula o mercado de imóveis de até R$ 200 mil em BH

Uma das faixas de preço de imóveis que foram menos prejudicadas pela crise econômica no país foi a de apartamentos e casas populares. Isso é devido ao programa Minha casa, minha vida, lançado em 2009 pelo governo federal – que oferece melhores condições para o financiamento de moradias em áreas urbanas e rurais para famílias de baixa renda. Mais que estimular o mercado imobiliário, o projeto vem mudando a vida de milhões de famílias brasileiras que deixam o aluguel para trás e conquistam o sonho da casa própria.

Para Evandro Negrão de Lima Júnior, vice-presidente do Sindicato da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a faixa de renda mais afetada com a desaceleração econômica no país foi a classe média. “Provavelmente, o setor mais afetado foi o voltado para a média renda, que ficou entre o alto padrão, que não é tão afetado pela crise, e o popular, que é a primeira moradia. A classe média que quis dar um upgrade, quis melhorar o padrão da moradia, talvez tenha sido a parte mais atingida”, afirma.

Em outubro do ano passado, o governo elevou os valores limites para os imóveis que podem ser contratados pelo Minha casa, minha vida. Em Belo Horizonte, passou de R$ 180 mil para R$ 200 mil, o que deve gerar importante movimentação no mercado. Em cidades da Região Metropolitana de BH, como Betim e Contagem, o teto é R$ 180 mil, regra que vale para outros municípios de médio porte do país. Os com até 20 mil habitantes terão o limite de R$ 90 mil. Até hoje, mais de dois milhões de moradias foram entregues pelo programa e mais de 1,5 milhão estão em processo de construção. A terceira fase deve ser anunciada em breve – a previsão inicial do governo era para o fim deste mês –, e deve oferecer mais 3 milhões de unidades.

O Minha casa, minha vida é dividido em quatro faixas de renda, que limitam o valor do imóvel a ser financiado e os juros que a pessoa deverá pagar. Para tirar dúvidas, o site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br), responsável pelo financiamento, traz orientações e indicação dos locais para cadastro no programa.

A MRV é uma das construtoras que mais investem em imóveis populares no Brasil, e vários de seus empreendimentos fazem parte do Minha casa, minha vida. O gestor executivo da construtora, Sandro Perin, afirma que a empresa não foi tão afetada pela crise dos últimos anos, apresentando números de crescimento expressivos. De 2014 para 2015, o aumento de vendas somente em BH foi em torno de 12%. Para este ano, a empresa espera crescer ainda mais. “Nosso planejamento para este ano é de aumento de 10% no volume de vendas. Estamos com vários lançamentos previstos. Essa crise não afetou tanto o nosso mercado porque oferecemos um produto que se enquadra dentro do programa Minha casa, minha vida, que oferece taxas de juros muito abaixo da inflação. Se hoje a inflação está na casa de 10% ao ano, no programa você paga taxa de cerca de 5% ao ano, o que estimula o mercado”, aponta.

OPORTUNIDADES Com oferta de imóveis em diversas faixas de preço, o projeto Boa Hora – iniciativa de 19 incorporadoras de Belo Horizonte com o apoio do Sinduscon-MG, que reúne oportunidades residenciais e comerciais em condições especiais de negociação –, conta com alguns empreendimentos que fazem parte do Minha casa, minha vida. Até 3 de maio, o portal (www.boahorabh.com.br) disponibilizará parte do estoque das construtoras com preços mais favoráveis ao consumidor.

A Precon conta com três empreendimentos que estão dentro do programa Minha casa, minha vida no Boa Hora. Um deles é o Ville Tunísia, em Santa Luzia, próximo às principais vias de acesso a BH. O edifício conta com apartamentos de 47,4 metros quadrados (m²) com dois quartos e uma vaga de garagem. Na área comum, espaço gourmet, ilha de pizza, espaço zen, playground e academia são alguns dos diferenciais do prédio, que tem elevador. Outro investimento no município é o Ville Luxemburgo, também com dois quartos e uma vaga, churrasqueira, piscina, sauna e playground. Já em Betim, a aposta da construtora é o Ville Bélgica, que tem configuração próximo aos de Santa Luzia, além de contar com quadra poliesportiva e espaço gourmet.

Outra incorporadora que investe no Minha casa, minha vida é a Neocasa. Dentro do Boa Hora, são oferecidos dois empreendimentos em cidades da Região Metropolitana de BH. Em Betim, o Garden Alterosas conta com apartamentos de dois e três quartos, com opções com área privativa e cobertura. Todas as unidades têm uma vaga de garagem e a área comum do edifício é repleta de opções de lazer. Além da portaria com guarita, os moradores poderão usufruir de espaço gourmet, sala de jogos, espaço kids, quadra de streetball, espaço empresário e bar. Em Lagoa Santa, O Garden Lagoa Santa oferece unidades de um, dois e três quartos, com uma ou duas vagas. Próximo ao Centro da cidade, o empreendimento conta com portaria com guarita, piscina, espaço gourmet e playground.