ECONOMIA

Energia solar tem potencial para aquecer mercado imobiliário

Além de mais econômica financeiramente, tem menor impacto ambiental. Não à toa, esse sistema se tornou uma boa opção para empresas e consumidores

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postado em 27/01/2021 13:37 / atualizado em 03/02/2021 16:05 Jéssica Mayara*
Os geradores fotovoltaicos propõem uma redução de até 90% na conta de luz, seja para o consumidor comum ou grandes empresas - Hipertexto/Divulgação Os geradores fotovoltaicos propõem uma redução de até 90% na conta de luz, seja para o consumidor comum ou grandes empresas

Economizar pode fazer muito diferença em meio à crise financeira do país. E isso muito em função das inúmeras despesas convencionais do dia a dia, principalmente contas de água e energia elétrica, por exemplo.

No setor imobiliário, a retórica é a mesma, haja vista que reduzir gastos pode ajudar a impulsionar e aquecer o mercado, com a queda de custos financeiros ao comprador. Uma boa opção neste cenário é recorrer a energia solar, com placas fotovoltaicas. 

Segundo Herbert Abreu, consultor técnico do Grupo Loja Elétrica, o fato de a conta de luz ter ficado mais cara no último ano, conforme apresentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deu ainda mais força para que a economia neste segmento se tornasse quase que uma palavra de ordem.

Nesse sentido, ele ressalta que residências e diversas empresas estão investindo em alternativas, como os geradores fotovoltaicos, que propõem uma redução de até 90% na conta de luz, seja para o consumidor comum ou grandes empresas. 

Já quanto ao mercado imobiliário, Herbert Abreu estima valorização de cerca de 5% no valor do imóvel que já conta com esse tipo de equipamento instalado. “Isso ocorre porque o potencial comprador daquele imóvel deixa de arcar com a cobrança convencional de energia, um custo que, apesar de variar durante o mês, é definitivo enquanto o indivíduo estiver usando energia vinda das concessionárias.” 

“Pode-se considerar que a instalação do sistema fotovoltaico valoriza o imóvel para quem vende ou aluga e, por outro lado, gera economia de despesas para quem o ocupa. Portanto, um imóvel que já conta com painéis instalados é capaz de significar um recurso de infraestrutura capaz de oferecer vantagens a todos os envolvidos no mercado imobiliário”, destaca o consultor técnico. 

Hebert Abreu explica que esse investimento pode render benefícios que compreendem uma enormidade de fatores, começando pela sustentabilidade. “Em primeiro lugar, tem-se o baixo ou quase inexistente impacto ambiental gerado pela energia solar em relação às fontes mais agressivas de obtenção de energia, como é o caso das usinas hidrelétricas, que comprometem bastante a área impactada com projetos de grande infraestrutura.” 

Além disso, o consultor técnico do Grupo Loja Elétrica explica que as usinas de energia fotovoltaica, ou seja, de obtenção de energia solar, não necessitam de um investimento na mesma proporção que as hidrelétricas, por exemplo, que inclusive demandam um tempo muito maior para serem projetadas e implementadas. 
 
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“Essa relação de custo e tempo acaba barateando bastante nos recursos das empresas e construtoras interessadas em investir em projetos de usinas fotovoltaicas, que são capazes de gerar um alto retorno a médio e longo prazo. Além da economia de energia promovida pelos painéis fotovoltaicos, outro ponto a favor é a sua viabilidade de instalação, seguido de sua durabilidade, que pode chegar até 35 anos.” 

Nesse cenário, a dúvida que fica é: há algum prejuízo na instalação deste recurso? Segundo Herbert Abreu, não. “Tanto no uso residencial, comercial e até mesmo industrial e agrícola, não há nenhum tipo de malefício. Muito pelo contrário, não há perda de qualquer tipo de área para a implantação das usinas fotovoltaicas, seja florestal ou urbana. Não há a emissão de nenhum gás poluente, ou rejeito líquido tóxico.” 

“Os sistemas funcionam a partir da captação de luz solar, ou seja, é uma fonte absolutamente renovável e praticamente inesgotável, uma vez que a energia produzida pelos painéis durante o dia também pode ser armazenada em baterias, acopladas ao sistema, para ser utilizada durante a noite, quando não há emissão de luz solar. Ainda, Minas Gerais abrange uma região com enorme potencialidade para energia solar. Essa característica pode ser ainda mais explorada, considerando a área e a incidência dos raios solares.” 

MAIS SUSTENTABILIDADE 


Para além da energia solar, uma outra boa opção para gerar economia e, talvez, impulsionar o mercado imobiliário é uso da captação eólica. Segundo Herbert Abreu, essa é uma boa alternativa para quem deseja uma fonte auxiliar na obtenção de energia sustentável. 

"São estruturas que também podem ser aplicadas em escala residencial e comercial. Contam com equipamentos que funcionam a partir de turbinas eólicas, com dois metros de diâmetro, operando em uma potência máxima de até cinco mil watts. O formato também não agride em nada o meio ambiente e tem uma capacidade produtiva também bastante robusta, tendo em vista a incidência regular de ventos em Belo Horizonte e Região Metropolitana”, afirma o consultor técnico. 

*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram 

Tags: mercado imobiliário energia solar placas fotovoltaicas energia eólica imóveis economia

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