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Empresas do mercado imobiliário atraem investidores; entenda

Segundo especialistas, a queda da taxa Selic tem feito com que investidores busquem novas formas de empregar o dinheiro. Mercado imobiliário surge como opção

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postado em 15/03/2021 12:32 / atualizado em 15/03/2021 16:07 Jéssica Mayara*
Pixabay

Investimento e mercado imobiliário. Essa tem sido uma combinação que, aos poucos, vem ganhando espaço e se tornando tendência. Isso porque, com a queda da taxa Selic, atualmente em torno de 2% – um dos menores índices da história –, “empregar” dinheiro em outros negócios que não o mercado financeiro tem se tornado uma opção.

Nesse cenário, haja vista a segurança e rentabilidade de investimentos em imóveis, esse setor tem atraído olhares e, claro, aplicações financeiras. 

“Como diz o velho ensinamento, pelo menos um terço do patrimônio deve estar investido em operações seguras, e nada é mais seguro que o investimento em imóveis. Isso ficou ainda mais evidente com a pandemia e, mesmo nos momentos em que as taxas disponíveis no mercado financeiro forem equilibradas, devemos considerar que, no investimento em imóveis, o valor principal estará sempre preservado, o que é diferente em uma aplicação financeira, em que o investimento principal é corroído ao longo dos anos pela inflação.” 

É o que explica Marcos Paulo Alves, diretor técnico da PHV Engenharia. Mas como investir no mercado imobiliário? Segundo o supervisor comercial da My Mall, Leonardo Gomes, esses investidores podem se tornar sócios-investidores.

“Os interessados adquirem cotas nas SPEs (Sociedades de Propósito Específico) criadas para cada empreendimento da empresa e se tornam proprietários da ‘cota parte’ dos imóveis. A modalidade de investimento é promissora e uma alternativa segura para quem deseja obter bons rendimentos.” 

“Por isso, estamos ampliando as possibilidades de entrada de sócios investidores por atuarmos em um negócio de capital intensivo e para podermos acelerar o crescimento da empresa, que tem histórico de entrega já testado e comprovado. O cenário é positivo para esse tipo de produto imobiliário, pois oferece praticidade e comodidade aos clientes na hora das compras em um momento em que o tempo nunca foi tão valorizado, com segurança e conforto. Além do rendimento corrente das receitas de aluguel, pelas características dos nossos imóveis, ainda temos ganhos de valorização imobiliária.” 

Um levantamento do Instituto Data Secovi comparou a rentabilidade do investimento em imóveis e a aplicação em renda fixa atrelada a 100% CDI, entre 2004 e setembro de 2020, e constatou que a valorização do bem imóvel foi superior à aplicação financeira.

Segundo dados do instituto, a valorização de um apartamento nesse período é 6,4% superior em relação ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Esse comparativo foi realizado com base no valor médio de apartamentos comercializados em Belo Horizonte versus a aplicação de 100% desse valor em renda fixa. 

Leonardo Matos, diretor da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais) e responsável pelo Data Secovi, afirma que investir em imóvel pode trazer, ainda, outras rentabilidades, como a locação, uma vez que, ao se considerar somente a valorização do bem imóvel, já se tem uma rentabilidade maior que o CDI. 

“Ao adquirir uma participação no imóvel, o investidor também pode usufruir dele, seja para moradia própria ou para montar um negócio e para locação. A rentabilidade do aluguel residencial gira em torno de 5% ao ano. A comparação também foi realizada com outros tipos imobiliários – lote, sala/andar corrido, casa/barracão, galpão, loja e flat/apart hotel – e apenas o segmento de flat/apart hotel não apresentou maior rentabilidade que o CDI”, argumenta. 

E o que a taxa Selic tem a ver com isso? Ela tira o incentivo a aplicações bancárias, forçando o dinheiro a circular, a ‘trabalhar’, gerando empregos e beneficiando a economia em geral. É o que explica Leonardo Matos. 

“Ao comparar as aplicações em renda fixa com a rentabilidade do aluguel de um imóvel, por exemplo, podemos observar que o investimento em imóveis para locação está bem atraente, pois supera a remuneração média do CDI.  Atualmente, o ganho do aluguel residencial está em 0,40%; enquanto o CDI caiu para 0,16%, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.” 

Apesar do maior crescimento desse tipo de investimento em meio à pandemia de COVID-19, Marcos Paulo Alves explica que alguns fatores, que transcendem a situação atual de saúde pública, trouxeram pontos positivos que devem revolucionar o mercado e mudar a forma como as pessoas enxergam o investimento em imóveis.  

Como "andam" os investimentos? 


No segmento de imóveis comerciais, a My Mall pretende, em 2021, investir no desenvolvimento de empreendimentos cerca de R$ 30 milhões, dos quais aproximadamente R$ 15 milhões serão provenientes de novos sócios investidores. 

A PHV Engenharia, construtora de alto luxo, também tem atraído a atenção de investidores para os lançamentos imobiliários. “Oferecemos produtos para quem quer simplificar a operação e adquirir a solução pronta sem os riscos do negócio, a ‘preço fechado’, também modelos de parceria para quem quer empreender no negócio como um todo, participando dos riscos e dos resultados na proporção de sua participação. Os retornos ficam entre 6% e 12% ao ano, podendo até mesmo dobrar o investimento inicial em até três anos”, explica Marcos Paulos Alves. 

Na empresa, não há valor mínimo para investimento. “Acreditamos que a melhor maneira de fidelizar investidores para continuarem fazendo negócio conosco é proporcionando-lhes condições de terem um bom retorno financeiro, o que começa com boas condições de preços. Tudo depende de uma análise individual do perfil de cada investidor.” 

*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram 

Tags: imóveis investimento imobiliário mercado investidor sócio

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