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Pintura ou textura?

Na hora de construir, escolha passa por tipo, qualidade, condição de aplicação e exposição, cor, durabilidade, sem esquecer das preferências pessoais. Mas, sempre, com orientação profissional

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Divulgação/Banco de Imagens Suvinil
Esta é uma dúvida muito comum de quem está construindo. É importante que o leitor entenda que não existe resposta pronta para esta questão. É preciso analisar variáveis como: tipo e qualidade do substrato, condições de aplicação, cor, condições de exposição, vida útil desejada, gosto do cliente e, claro, o custo.

Os revestimentos texturizados são em média de quatro a seis vezes mais espessos do que uma pintura normal e consomem de 1,5 kg a 4,5kg, frente a 300g de um pintura. A espessura, aliada à adição de grãos de quartzo, conferem ao revestimento texturizado grande durabilidade face às agressões ambientais, proporcionando excelente proteção para a edificação. Sua grande espessura também ajuda a disfarçar possíveis defeitos oriundos das técnicas artesanais de construção utilizadas na aplicação dos rebocos, ou até mesmo defeitos de construção.

Uma situação muito comum que exemplifica a importante utilidade desta propriedade é a recuperação de edifícios onde a fachada se encontra muito danificada ou tenha sofrido muitas intervenções. Outra vantagem apresentada pelos revestimentos texturizados é a vasta variedade de acabamentos possíveis. Os mais comuns são os tipo grafiato, envelhecidos e aplicados com rolo de espuma. Em áreas internas, onde haja a necessidade de maior facilidade de limpeza, é possível se aplicar um verniz acrílico sobre a textura, vitrificando a superfície e conferindo brilho à superfície.

Como todo processo construtivo, os revestimentos texturizados também apresentam desvantagens. A principal delas é que sua superfície rugosa pode reter sujeira, quando não devidamente protegida. Esta proteção pode ser conferida por beirais, platibandas, peitoris e até frisos na fachada. Por isso é importante que, ao se decidir pela aplicação de textura na fachada, o arquiteto conheça o local para fazer as adaptações necessárias.

Outra limitação dos revestimentos texturizados é a necessidade de profissionais especializados na sua aplicação. Um profissional acostumado a aplicar tintas comuns não necessariamente está capacitado para aplicar um revestimento texturizado. Erros de aplicação podem ocasionar consumo excessivo de material, emendas de aplicação, manchas impossíveis de serem reparadas e até mesmo comprometer a durabilidade no revestimento. É por essas e outras que é de extrema importância que, ao contratar um profissional, o leitor se certifique de que ele realmente está capacitado para executar aquele tipo de textura. Isso pode ser feito através do contato com antigos clientes, ou até mesmo em visitas a projetos em que o profissional tenha trabalhado.

Devido ao grande número de possibilidades, é aconselhável que o acabamento desejado seja aprovado em uma parede que possa servir de referência até o final do serviço.

Já as pinturas são bem mais fáceis de serem aplicadas, e não faltam no mercado profissionais capacitados para sua aplicação. Entretanto, é preciso estar atento a alguns detalhes na hora da especificação da pintura. As mais indicadas para áreas externas são as tintas 100% acrílicas, pois são mais resistentes às intempéries, possuem melhor retenção de cor, maior resistência de aderência e são impermeáveis.

Com relação ao acabamento, as foscas são mais indicadas, uma vez que as com brilho (acetinadas e semi-brilho) acentuam os defeitos inerentes das técnicas de aplicação utilizadas na execução dos rebocos, apesar de serem mais resistentes e laváveis. Não é aconselhável a aplicação de massa acrílica em fachadas de edifício porque, além da dificuldade de aplicação e lixamento, as superfícies mais lisas facilitam a percepção de ondulações da fachada, principalmente ao nascer e pôr do sol.

Existem ainda outros fatores que podem influenciar na escolha como, por exemplo, a forma de aplicação, as dimensões e formato da fachada, o clima local, entre outras. Com relação ao preço, quando comparamos materiais da primeira linha, o custo de uma textura aplicada com o rolo é muito parecido a uma pintura acrílica, apesar do consumo do revestimento texturizado ser muito maior.

Em ambos os acabamentos também é bom evitar as cores escuras e vivas (as chamadas cores orgânicas), pois são mais difíceis de aplicar (mancham com maior facilidade durante a aplicação), desbotam com maior facilidade quando expostas à radiação solar no decorrer do tempo e, além disso, costumam ser mais caras.

Como o leitor pôde perceber, não existe uma "regrinha" na hora de escolher entre uma textura e uma pintura. O melhor mesmo é procurar um engenheiro ou arquiteto de sua confiança para lhe ajudar nesta escolha.

Dúvidas e sugestões de matérias poderão ser enviadas para giulliano.polito@gmail.com

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