Armário aparece com nova roupagem e está cada vez mais personalizado

Guarda-roupas tem porta com freio e corrida macia, luz de LED, espelhos, prateleiras e nichos versáteis. Tudo pode ser milimetricamente calculado para a demanda de cada cliente

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postado em 18/12/2013 08:00 / atualizado em 18/12/2013 09:36 Carolina Cotta /Estado de Minas
Essa peça, cujo ambiente foi projetado pelas arquitetas Ana Andréa Barra e Norma Guimarães, tem prateleiras com LED e gavetas transparentes  - Jomar Bragança/Divulgação Lider Essa peça, cujo ambiente foi projetado pelas arquitetas Ana Andréa Barra e Norma Guimarães, tem prateleiras com LED e gavetas transparentes

O guarda-roupas mudou o figurino. Abandonou o formato repetitivo e está cada vez mais personalizado. Usa e abusa da tecnologia que transformou seus materiais, da madeira às corrediças, e também as ferragens. E mesmo que seja feito no básico e correto MDF, tem à mão uma série de acabamentos para diferenciar o visual. O guarda-roupa da moda nem sequer usa o nome que consagrou o mobiliário indispensável: hoje se chama armário mesmo, de quarto.

Segundo a arquiteta Ângela Saraiva, gerente comercial da Lider Ponteio Lar Shopping, cada vez mais os armários perdem a cara de ‘armário’. “São hoje grandes painéis, com poucos detalhes, portas grandes e lisas, fechando toda a parede”, explica. Mas a grande evolução estaria mesmo na parte industrial. As portas de hoje precisam correr de forma macia e ter freio, possível por causa da tecnologia das corrediças telescópicas. Como no aparelho ótico, suas partes vão se abrindo enquanto se sustentam na parte anterior. Isso permite que as gavetas sejam totalmente abertas, diferentemente das antigas gavetas de madeira, que corriam o risco de cair.

Há ainda o recurso da iluminação interna do armário, com luz de LED nas prateleiras. “Os armários estão em evolução. Não é simplesmente o guarda-roupa do passado. O expertise do closet foi transferido para o armário”, diz. Um exemplo são as colmeias para separação de peças, muito comuns nos closets para separar meias, cintos, relógios. As gavetas com colmeias são uma realidade, assim como as partes frontais feitas em vidro ou acrílico, para mostrar o que é guardado ali.


Tudo vai ao encontro da possibilidade de personalização. O tradicional armário com cabideiro, cabide de calça, área para roupas longas e gavetas deu lugar aos armários dos sonhos do cliente. As mulheres por exemplo estão abrindo mão de algumas gavetas para ter uma sapateira. O armário de hoje, quando os imóveis estão cada vez mais reduzidos, precisam aproveitar o espaço de forma inteligente. No caso daqueles em formato de L, as quinas podem virar sapateiras giratórias. Outra opção é recorrer aos braços mecânicos. E em casa sem rouparia, muitas vezes cabe ao armário guardar toda a roupa de cama. As portas de correr, quase uma unanimidade hoje, também reforçam esse aproveitamento de espaço, assim como a utilização de toda a altura do cômodo, com os armários encostando no pé-direito.

Em termos de materiais, o MDF é ainda o mais usado. “Os acabamentos é que estão variando”, explica Ângela. Assim, mesmo que internamente tudo seja em MDF, por fora o armário pode se apresentar de formas bem diferentes. Os espelhos – fumê, bronde ou prata – são os mais procurados, até porque ampliam o ambiente. Outro acabamento muito procurado são as partículas de média densidade, os BP, uma lâmina sintética que imita madeira. Outra opção é recorrer a lâminas naturais de carvalho e imbuia, entre outras, ou o MDF com laca, uma pintura aplicada ao compensado.

O branco é ainda a cor mais vendida, porque é clássico e combina com tudo. Entre os espelhos, o mais comum é o prata. “O design e a tecnologia das ferragens, e essa possibilidade de personalização, são a grande moda dos armários. A tecnologia envolvida e o acabamento escolhido agregam valor ao produto”, defende a arquiteta.

Eduardo Almeida/RA Studio
MDF ou MDP?


Não tem melhor nem pior: cada um tem seu papel e os dois são excelentes quando aplicados corretamente. Além da formulação – um é feito de partículas de madeira aglutinadas em duas camadas finas e uma grossa, e o outro de fibras de madeira que, em placas, são coladas umas sobre as outras –, uma das principais diferenças entre o medium density fiberboard (MDF) e o medium density particleboard (MDP) é a limitação de uso. O MDF apresenta maleabilidade, permitindo a formação de curvas. O MDP tem limitações que favorecem o uso em artigos de linha reta, como portas, prateleiras e gavetas. Outra diferença é que o MDP tem alta absorção de tintas no acabamento final e o MDF não. Assim, para essa finalidade, as placas de MDF tornam-se mais vantajosas, já que permitem que a finalização em laca seja mais homogênea, sem irregularidades na superfície. Essa característica também influencia a relação custo/benefício. Para uso em parte externa, madeiras com menos poros têm menos absorção e, consequentemente, menos custo com tintas. Para uso interno, o MDP é o mais rentável, pois permite ótima colagem e o custo do material é bem menor.

Tags: decoração

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