A volta do investidor

Quem comprou imóveis residenciais para alugar comemora retorno do capital aplicado

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postado em 04/01/2010 10:08 Denise Menezes /Estado de Minas
Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi-MG - Gladyston Rodrigues/Esp.EM" title="Gladyston Rodrigues/Esp.EM" /> "Nos últimos 10 anos, o volume de lançamentos é inexpressivo diante da demanda" - Ariano Cavalcanti, presidente da CMI/Secovi-MG
O investidor que apostou no mercado de locação de imóveis em 2009 não tem do que reclamar. Os números mais recentes apurados na pesquisa mensal realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead), ligada à UFMG, em parceria com a Câmara do Mercado Imobiliário e o Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), mostram que, de janeiro a novembro, o aluguel de imóveis residenciais em Belo Horizonte aumentou, em média, 12,38%, ante a inflação calculada na capital pelo IPCA/Ipead, para o mesmo período, de 4,19%.. Nos 12 meses completados em novembro, o índice médio de valorização dos aluguéis residenciais foi de 13,66%, enquanto o IPCA/Ipead ficou em 4,58%.

O índice médio do reajuste dos aluguéis comerciais foi ainda maior. Somente entre janeiro e novembro do ano passado, período para o qual os números da pesquisa Ipead-CMI/Secovi-MG já estão disponíveis, a alta foi de 16,46%, e nos 12 meses completados em novembro, o reajuste médio dos aluguéis comerciais alcançou 17,94%. A "velha" lei de mercado explica os reajustes. Também em 2009, a oferta manteve-se abaixo da demanda, o que elevou o valor dos aluguéis.

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"Tivemos uma variação de preços acima do que esperávamos", admite o presidente da CMI/Secovi-MG, Ariano Cavalcanti. Segundo ele, a expectativa era de variações mais "comportadas", com a entrada no mercado de aluguéis dos imóveis adquiridos por investidores, especialmente a partir da crise, quando a rentabilidade da locação se tornou competitiva em relação à remuneração oferecida pelas aplicações nos mercados financeiro e de capitais. Mas a reação da oferta não foi suficiente para atender à expressiva demanda. Muitos dos investidores que entraram ou retornaram ao mercado optaram por adquirir imóveis na planta ou em construção, que levam, em média, 15 meses para estar concluídos e, portanto, disponíveis para a locação.

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"O movimento do mercado é sempre lento. Afinal, a produção de uma unidade não leva menos que 15, 18 meses. Houve melhora na oferta de imóveis residenciais com o retorno do chamado grande investidor, mais técnico, a partir de 2005, atraído pela expectativa da queda dos juros, que tornava a rentabilidade do aluguel mais competitiva, e, de um ano para cá, do pequeno e do médio investidor para fugir da baixa remuneração das aplicações do mercado financeiro, já que o investimento em imóvel remunera não só com o valor do aluguel, mas com a valorização do bem. A demanda se mantém mais expressiva e esperamos que o mercado se equilibre em 2011, quando boa parte das unidades lançadas nos últimos anos já estará disponível para o aluguel", avalia Ariano.

No segmento de locação comercial, o equilíbrio entre oferta e demanda está mais distante. "Nos últimos 10 anos, o volume de lançamentos é inexpressivo diante da demanda", reconhece. De acordo com a pesquisa Ipead-CMI/Secovi-MG, nos 12 meses completados em novembro, a oferta de imóveis residenciais na capital cresceu 25%, já o número de unidades comerciais disponíveis para a locação caiu 2,63% no período.
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