Exigência do consumidor e criminalidade induz compra de imóveis mais seguros

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postado em 06/12/2010 14:12 Júnia Leticia /Estado de Minas
Para o diretor do Creci-MG, Vinícius Araújo, edifícios com tecnologia de ponta no quesito segurança têm mais condições de atrair seu público - Eduardo Almeida/RA Studio Para o diretor do Creci-MG, Vinícius Araújo, edifícios com tecnologia de ponta no quesito segurança têm mais condições de atrair seu público
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06 de dezembro de 2010 - O investimento na segurança dos empreendimentos por parte das construtoras e incorporadoras é resultado de uma demanda da própria sociedade. De acordo com o engenheiro civil e proprietário da Sociedade Mineira de Empreendimentos (Smel), Luiz Fernando Rievers Machado, as construtoras mineiras, ao contrário das de São Paulo, que já enxergam esse filão há muitos anos, começaram timidamente a perceber que os clientes se preocupavam não apenas com o padrão de acabamento do imóvel, a localização e condições da compra.

A partir dessa percepção, Luiz Machado observa que o fator segurança passa a fazer parte de um dos critérios de avaliação do imóvel. Quanto mais luxuoso o empreendimento, maior é a exigência do cliente, completa. Esse movimento começou há cerca de 10 anos, como observa o diretor da Áquila Tecnologia em Segurança, Leonardo Magalhães Assis. Com projetos básicos e pouco alinhados à verdadeira necessidade do cliente, acrescenta.

Leia também: Segurança de imóveis é preocupação crescente da população brasileira

Mas, de quatro anos para cá, o cenário vem mudando de forma mais efetiva. Um sinal disso é que algumas construtoras, já na fase de projeto, iniciam estudos para que o empreendimento já nasça com uma filosofia de segurança. E não somente incorporem alguns poucos itens para que o cliente veja que existe algo de seguro, ressalta Leonardo Assis.

Segundo ele, o cliente agora está mais exigente e não aceita mais soluções básicas, incorporadas ao projeto só para não dizer que não houve investimento em segurança na concepção da edificação. O cliente quer segurança e quer um projeto completo, desde uma guarita blindada, circuito fechado de TV e sistemas de alarmes que realmente irão cumprir o seu papel junto ao empreendimento.

Eduardo Almeida/RA Studio


INTIMIDAÇÃO.
Já para o diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-Minas), Vinícius Araújo, com o aumento da criminalidade e uma legislação que não intimida, não foi difícil para as construtoras pensarem na segurança como forma de atrair mais seus clientes. É uma necessidade em que todos nós temos de pensar. Com isso, aqueles edifícios que têm tecnologia de ponta no quesito segurança têm mais condições de atrair seu público.

Confira: Impacto na construção

Vinícius Araújo fala que o uso de sistemas de segurança, apesar de não ser uma novidade, antes restringia-se a alguns tipos de construções. Há muitos anos já são utilizados em prédios sistemas de portão de garagem, porteiro eletrônico, cerca elétrica e até circuito fechado. Porém, somente em empreendimentos de alto padrão. Hoje, esse tipo de sistema passou a fazer parte do pacote na hora de comprar um imóvel novo.

E mesmo não existindo um empreendimento 100% seguro, há como projetar edifícios com maior grau de dificuldade para que o delinquente desista de tentar invadir o imóvel. O seu risco aumenta diante de locais com maior grau de dificuldade para ser violado. É o que os empresários do ramo de segurança sempre buscam: criar barreiras que façam os intrusos desistirem de sua tentativa de invasão, diz Leonardo Assis.
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