Mais do que ter dinheiro e crédito na praça, é preciso se certificar acerca da qualidade do trabalho desenvolvido pelas construtoras na hora de escolher um empreendimento para comprar
Ao lado da mulher, Luana Pereira, o perito judicial Joel Ribeiro dos Santos Júnior disse que se sente seguro com o imóvel que comprou
Que segurança na construção civil é indispensável, todo mundo sabe. Mesmo assim, o assunto tem ganhado destaque na mídia devido às tragédias que ocorreram em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Os desabamentos de prédios, além de destruírem vidas, acabaram com o sonho de quem, provavelmente, trabalhou muito para comprar a casa própria, ter uma fonte de renda extra ou um local de trabalho sem ter de arcar com o aluguel de uma sala comercial.
Por que edifícios chegam ao ponto de desabar, mesmo com toda a tecnologia existente, é uma questão que intriga quem não é da área da construção civil. O vice-presidente da Habitare, Alexandre Soares, esclarece que, no caso do Buritis – na Região Oeste de Belo Horizonte –, houve uma soma de fatores. “O corte realizado no terreno da Avenida Protásio Oliveira Penna sem a execução das contenções necessárias, o elevado volume de chuvas ocorridas no fim do ano passado e começo deste, a falta de drenagem na Rua Laura Soares Carneiro, além de não se tratar de um prédio estruturado”, enumera.
Diante disso, fica claro que não basta ter dinheiro e crédito para investir. É preciso saber separar o joio do trigo, ou seja, se certificar de que a construtora realmente se preocupa com a qualidade dos projetos que desenvolve. Uma forma de averiguar isso é pesquisar a trajetória da empresa responsável pelo empreendimento. “É importante verificar o que a construtora já fez, os profissionais que trabalham para ela e a capacidade financeira de suportar eventuais imprevistos”, aconselha Soares.
Um exemplo de como o trabalho deve ser cuidadoso é dado pelo vice-presidente da Habitare. Ele conta que em uma obra executada pela construtora, ao fazer o corte no terreno foi verificado um problema de drenagem que tinha origem em lotes e na rua acima da área que abrigaria o empreendimento. “Verificado esse fato, paralisamos o corte, fizemos um estudo detalhado das condições dos terrenos, projetamos e executamos uma estrutura de contenção – que representou um incremento de custo significativo em nosso empreendimento – e só depois executamos os cortes necessários e a obra propriamente dita”, lembra.
Cliente da Habitare desde 2008, o perito judicial Joel Ribeiro dos Santos Júnior procurou tomar todos os cuidados com relação à segurança do local onde ele e sua esposa, a assistente administrativa Luana Pereira de Rezende Corrêa, iriam morar. O fato de poder visitar a obra para acompanhar seu andamento contribuiu muito para a decisão do casal. “Pudemos fazer uma visita agendada, acompanhada por um engenheiro”, conta o perito.
Posteriormente, como síndico do prédio, Joel p”ode conhecer melhor a estrutura da edificação. “A estrutura é muito boa, sólida, e eles zelam pelo cronograma das inspeções. Inclusive, se surge alguma fissura há uma equipe pronta para nos atender”, cita.
Comentários
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Fernando
- 09 de Fevereiro às 16:59
Esse site do UAI está virando uma piada... essa matéria aí foi paga pela Habitare... com certeza!!!