Casa se sustenta em penhasco sobre o Mar Mediterrâneo

Imóvel na Espanha lembra uma caixa branca que parece flutuar

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postado em 09/01/2013 11:42 Joana Gontijo /Lugar Certo
Diego Opazo/Fran Silvestre Arquitectos/Divulgação

Uma casa que paira no ar, acima das águas, como uma nave espacial que aterrissou na Terra, chegando de algum lugar do universo. Com esta característica, este projeto em Calpe, na costa leste Espanha, poderia ser comparado às obras de Oscar Niemeyer. As curvas tão comuns nos traços do arquiteto aqui não se aplicam, mas o imóvel também carrega a integração com as formas orgânicas do meio ambiente circundante, em contraste com as linhas retas e o branco da construção.


Com concepção do escritório Fran Silvestre Arquitectos, a casa se abre para a paisagem exuberante do Mar Mediterrâneo, equilibrando-se à beira de um penhasco. Instalada sobre a colina, a estrutura deveria seguir seu contorno natural, e ali não estaria se isso não acontecesse, mas a diferença está exatamente no aspecto que faz o imóvel parecer flutuar. “Gostamos desta qualidade da arquitetura de possibilitar construir uma casa no ar, e fazê-la caminhar sobre a água. Um solar abrupto que olha o mar, onde é melhor não fazer nada, onde o que apetece é aquietar-se”, ressaltam os autores do projeto.

Com sustentação por lajes de concreto armado, adaptando-se bem à topografia do terreno, que não foi alterado, a construção lembra mais uma caverna longínqua em meio à natureza. Destaque especial para a varanda, aberta para a imensidão azul do mar que se encontra dali. Na parte interna, o piso superior reúne as salas de estar e os quartos, onde a fachada de vidro proporciona também uma visão panorâmica do oceano. No exterior, uma escada faz a conexão entre os ambientes, acessando os dormitórios, o terraço e a piscina de borda infinita no térreo, chegando a uma região plana que se amplia em direção à paisagem.

Em relação ao acabamento e à decoração, muito branco, emprestando à residência um tom minimalista, harmonizado de forma homogênea à fachada. Os móveis fazem papel secundário, valorizando na verdade o que está do lado de fora. Dentro e fora, a morada recebe uma atmosfera cênica através da iluminação. “Aplicando o branco, enfatizamos o caráter unitário da construção”, finalizam os arquitetos.
Diego Opazo/Fran Silvestre Arquitectos/Divulgação
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