Feirão da Caixa começa nesta sexta-feira no Expominas
Com oferta de 20 mil unidades e expectativa de gerar negócios de R$ 1,1 bilhão, evento da Caixa oferece condições facilitadas para interessados em adquirir o imóvel próprio
Em três dias, no Expominas, construtoras e o banco vão conceder vantagens como o primeiro pagamento apenas depois do Natal
Mais de 20 mil imóveis novos ou na planta estarão à venda no 10º Feirão Caixa da Casa Própria, que acontece desta sexta-feira a domingo, no Expominas, em Belo Horizonte. Com condição especial que permite ao consumidor optar pelo pagamento da primeira parcela somente depois do Natal, em janeiro do ano que vem, a Caixa Econômica Federal (CEF) espera recorde de negócios, estimados em R$ 1,1 bilhão, valor 10% superior ao valor comercializado no ano passado, quando 7 mil famílias compraram a casa própria. Em ano eleitoral e de taxa de juros básica (Selic) a 11% contra 7,5% em maio do ano passado, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) acredita que as vendas serão positivas, mas no mesmo nível de 2013.
A maior demanda dos consumidores que devem visitar o feirão está concentrada nos imóveis com preços entre R$ 150 mil e R$ 170 mil, que atingem as faixas dois e três do programa Minha casa, minha vida, famílias com renda de até R$ 4,9 mil. “Apesar da grande demanda ser para as faixas de menor preço teremos produtos até R$ 500 mil”, informa o superintendente da Caixa em Minas, Marx Fernandes dos Santos. Segundo ele, apesar do crescimento da taxa Selic (juros básicos da economia) os preços dos imóveis não apresentaram alta expressiva nos últimos 12 meses. “Existe uma estagnação, um momento atrativo para as famílias, especialmente aquelas com renda média familiar entre R$ 3,5 mil e R$ 4 mil, onde há grande demanda pela casa própria.”
A condição de pagamento a partir de janeiro vale para os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), tomados durante a realização do evento, no Feirão ou nas agências da Caixa. Ao todo, 51 construtoras, 30 imobiliárias, além dos correspondentes imobiliários da Caixa participam do feirão onde serão lançados 120 empreendimentos. A concentração de fornecedores em um só local facilita a vida do consumidor que poderá comparar custo-benefício dos imóveis e investindo menos tempo.
A maior concentração da oferta está na Grande BH em regiões como Contagem, Eldorado, Barreiro e Venda Nova. “Uma das novidades desse feirão são os lançamentos no Vetor Norte, em localidades como Lagoa Santa, aponta Geraldo Linhares Junior, vice-presidente de materiais, tecnologia e meio-ambiente do Sinduscon-MG. Segundo ele, o feirão é uma iniciativa bem sucedida com saldo positivo durante o evento e também na chamada ressaca, “que são as vendas fechadas nos 15 dias pós evento”, explica o especialista.
Cerca de 90% dos imóveis à venda no feirão são novos ou em construção, mas esse ano haverá também uma parcela de usados, o que também é uma novidade. Segundo Marx dos Santos, a Caixa tem expectativa de atrair maior volume de negócios e também maior fluxo de consumidores. “Esperamos atrair 35 mil pessoas, 10% mais que o ano passado.”
Maior parte dos financiamentos são fechados em 30 anos, mas a prestação pode se estender a 420 meses, ou 35 anos. A taxa de juros começa a partir de 4,5% ao ano, atingindo 6% em 12 meses para os imóveis de maior valor. “Quanto menor a renda menor a taxa de juros e vice-versa”, diz o superintendente da Caixa. Para saber o seu teto no financiamento o consumidor pode consultar o valor no simulador habitacional disponível no site da instituição financeira: www.caixa.gov.br.
Os custos da construção civil para os imóveis voltados ao Minha casa, minha vida estão equilibrados, segundo Geraldo Linhares. “Os imóveis não sofreram grande pressão inflacionária no último ano, tiveram correção de valores, já que ainda temos equilíbrio entre custos e vendas”, defende o executivo, ressaltando que o aperto da inflação é uma preocupação. “Os custos foram compatíveis em 2013, mas essa realidade pode mudar nos próximos meses”, considera.
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