Criado pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), o Instituto Data Secovi divulgou sua primeira pesquisa sobre o mercado imobiliário de Belo Horizonte. O levantamento analisa a evolução do número de transações e valores dos imóveis, além dos projetos aprovados e com baixa de construção (Habite-se) na capital mineira. Uma novidade do estudo é a estratificação e comparação de dados por tipo de imóvel, regiões, bairros e períodos de tempo. Um levantamento apontou que, no primeiro trimestre deste ano, o número de transações imobiliárias de apartamentos caiu 28,55% em relação ao mesmo período de 2015 e o valor médio dos apartamentos comercializados subiu 7,02%.
O estudo mostra que as regionais Centro-Sul, Pampulha e Oeste representaram 63,5% de todas as transações imobiliárias no primeiro trimestre de 2016. Entre os bairros com mais negócios, o destaque ficou com o Buritis, na Região Oeste da cidade, que teve 1.198 transações no período. Em seguida aparece o Bairro Castelo, na Região da Pampulha, com 939 negócios. Em relação a valores médios dos apartamentos comercializados, os bairros com os maiores preços são Belvedere (R$ 1,6 milhão), Santa Lúcia (R$ 1,3 milhão) e a Região da Savassi (R$ 1,27 milhão).
Os dados iniciais analisados pelo Instituto Data Secovi são referentes ao primeiro trimestre deste ano. Nesse período, o valor médio dos apartamentos comercializados em BH foi de R$ 465,7 mil, enquanto, no primeiro trimestre de 2015, o preço médio era de R$ 435,2 mil, o que significa aumento de 7,02%. Essa apuração foi feita com base nas emissões do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso “Inter Vivos” (ITBI).
A pesquisa estratifica e compara dados por tipo de imóvel, regiões, bairros e períodos de tempo
ESTABILIDADE De acordo com o diretor da CMI/Secovi-MG, Leonardo de Bessas Matos, a pesquisa revela que o número de transações imobiliárias em Belo Horizonte está estável desde novembro de 2015. “O número de transações de apartamentos caiu 3,81% em relação ao quarto trimestre de 2015 e o valor médio dos apartamentos comercializados subiu 5,53%, o que sugere uma estabilidade do mercado e, em breve, uma retomada”, acredita Leonardo.
Ele ressalta que, em relação aos projetos arquitetônicos aprovados pela Prefeitura de Belo Horizonte, o estudo do Instituto Data Secovi mostra que houve queda de 20,4% no número de unidades aprovadas no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, de 2.802 para 2.231. “O mercado está se adaptando à realidade atual, reduzindo a quantidade de unidades aprovadas e, por consequência, de lançamentos”, afirma o diretor da CMI/Secovi-MG. Segmentada por regiões, a pesquisa aponta aumento de 247,5% no número de aprovações na Regional Norte e queda de 68,3% na Regional Oeste.
Nessa mesma direção, houve redução de 28,18% na quantidade de baixas de construção (Habite-se), que representa obras concluídas. No primeiro trimestre de 2015, houve 5.287 emissões de “Habite-se” e, no mesmo período deste ano, foram 3.797. “Isso é mais um indicador de que o mercado está se adaptando à nova realidade econômica e financeira do país, ou seja, menos imóveis estão sendo disponibilizados”, garante Leonardo. No entanto, a pesquisa mostra que o número de unidades concluídas cresceu 50% na regional Nordeste.
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