Patologias no imóvel

Época de chuvas é mais propensa ao aparecimento de infiltrações

Especialistas dão as dicas sobre prevenção e correção dos problemas causados pelo acúmulo indesejado de umidade

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postado em 15/12/2011 14:31 / atualizado em 15/12/2011 14:34 Joana Gontijo /Lugar Certo
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

A época de chuvas pode trazer muitos transtornos para moradores de casas e apartamentos, quando a umidade causa manchas acinzentadas ou até mesmo pretas, em paredes e rodapés, bolhas na pintura, revestimentos descascados, cheiro de mofo, sem falar nos baldes espalhados para conter as gotas d'água que caem do teto. Durante esses períodos, algumas medidas podem minimizar os problemas decorrentes de rachaduras e infiltrações. A infiltração significa a penetração de água nas estruturas, líquida ou em vapor, através de fissuras ou poros de materiais não impermeabilizados, indicando falhas no processo construtivo. A preocupação é maior já que ambientes úmidos podem provocar alergia e problemas respiratórios mais sérios. Mas, um pouco de cuidado ao construir, para evitar a umidade indesejável em qualquer circunstância, e que compromete a durabilidade da construção, pode evitar muita dor de cabeça - os processos de impermeabilização já previstos no projeto da obra correspondem de 1% a 3% do custo total, valor que fica quatro vezes maior no caso de futuras reformas.

Veja mais fotos de infiltrações

"Este clima é favorável ao aparecimento de infiltração nas construções, quando águas e vapores podem entrar nos imóveis por alguma fonte específica. Dentre os vários motivos, na época de chuva as causas mais prováveis para o problema são o vazamento que vem das lajes, ou a batida da chuva em paredes externas que possam apresentar trincas, resultando em manchas, bolores e excesso de umidade. Este processo em que a água bate e escorre não parece danoso, mas quando há uma exposição contínua, pode provocar umidade interna", pontua o gerente técnico da Mactra, Vicente Parisotto Júnior.

Para evitar o desconforto, existem medidas preventivas e corretivas, explica. "O ideal é que, desde o início da concepção do projeto, estejam previstos o caimento e as alturas corretas da laje, reservando espaço para aplicação dos produtos impermeabilizantes, o que vai depender de cada tipo de uso da área. Para as paredes expostas, a prevenção vem nos sistemas de impermeabilização que são colocados na fase final de acabamento e pintura, com seladores capazes de segurar as fissuras", continua.

Dentre os diversos produtos disponíveis do mercado, a Mactra oferece o Vedatrinca, desenvolvido para impermeabilização de áreas flexíveis (lajes, marquises, calhas de concreto, telhados, etc), que protege superfícies contra os agentes externos (chuva e variação de temperatura). Uma pasta cremosa, de base acrílica e aplicação à frio, o produto forma uma membrana elástica aderente, que pode ser usada em grandes áreas e também funciona como "curativo" em trincas específicas. A empresa, que há 15 anos produz impermeabilizantes, aditivos para argamassa, selantes, adesivos, entre outras soluções voltadas para a construção civil, também dispõe do Imperall Premium, um revestimento composto de minerais acrílicos e anti-fungos, indicado para ambientes externos. Ele tem como função principal a proteção contra batida de chuva (a água bate na parede e escorre), funcionando ao mesmo tempo para impermeabilizar, selar, pintar e absorver micro-fissuras de retração da superfície, eliminando os problemas no acabamento. "Este produto pode receber pigmentação, na cor desejada, atendendo aos preceitos estéticos do projetos", ressalta Vicente.

Quando essas soluções não são pensadas desde o início das obras, as medidas corretivas para lajes podem exigir que se quebre todo o revestimento ou, em paredes, pode ser necessária uma repintura para colocação dos produtos impermeabilizantes, o que gera muito mais trabalho, orienta o gerente técnico da Mactra. "Isso vai depender se as áreas, por exemplo, são de grande trânsito de pessoas ou não". Mas isso só para os casos de infiltrações decorrentes de chuvas, porque existem outras modalidades do problema que exigem medidas diferentes.

CAUSAS

A infiltração é decorrente de diversos motivos, como explica o professor do Curso de Especialização em Construção Civil da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dalmo Lúcio Figueiredo. Além daqueles relacionados às chuvas, dá-se o nome de capilaridade ao tipo de infiltração que ocorre nos rodapés e nas áreas externas em contato direto com o solo, quando as paredes absorvem a água do terreno através dos alicerces não impermeabilizados. "Quando se está no primeiro pavimento, a água tende a subir do lençol freático para o solo, o que é muito comum nos locais mais baixos das cidades. Para evitar isso, é fundamental que as fundações estejam também impermeabilizadas", afirma Dalmo.

Outra situação pode ocorrer em áreas de encostas, onde a umidade que provém da terra encostada em paredes não impermeabilizadas também pode penetrar no interior dos edifícios. Há ainda o tipo de infiltração causado por rompimento e vazamento da tubulação, um problema mais complexo. "No momento da construção, se chove, por exemplo, e o tijolo absorve água, ela pode ficar em seu interior e, mais tarde, com a movimentação natural, pode ocasionar fissuras na tubulação, frestas, por onde a umidade sai, criando bolhas e a infiltração", conta o professor. Já a infiltração por condensação ocorre pela diferença de temperatura, aparecendo quando a temperatura interna é maior que a externa. "Outro local onde costuma aparecer infiltrações é no peitoril das janelas, devido à problemas de calafetagem, quando não há a vedação correta das frestas".

Dalmo explica que nem sempre se pode prever o que acontece com a água, que ele considera ser uma das principais inimigas de um engenheiro. "Por isso, quando se trata de água, não consulte a razão, sempre a experiência", frisa, já que cada situação é diferente. Portanto, o importante é conseguir identificar exatamente a origem do problema, para trabalhar diretamente na causa, sempre com o auxílio de um especialista. "Não adianta só repintar a área afetada".

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