Os edifícios residenciais chamados inicialmente de Absolute Towers, no Canadá, foram apelidados de Marilyn Monroe por lembrarem as curvas da atriz. Cada andar tem uma pequena mudança de rotação, alterando o perfil e dando movimento à obra. As torres têm, respectivamente, 56 andares, 170m de altura e 45 mil m², e 50 andares, 150m e 40 mil m².
Além de criativo, o projeto da empresa chinesa MAD Architects se preocupa com o meio ambiente – o vidro, material usado em todo o projeto, proporciona redução do gasto de energia, contribuindo para a iluminação e climatização dos ambientes. Além disso, os moradores poderão apreciar a paisagem de diferentes ângulos.
Segundo os arquitetos responsáveis pelo projeto, a fonte de inspiração veio da natureza. As torres carregam um desenho que as torna naturalistas, delicadas e humanas. Enormes e contínuas varandas envolvem cada nível da construção, que tem superfícies espelhadas e a forma retorcida como um ponto alto. O apelido concedido pelos próprios habitantes da cidade ressalta os traços sensuais das curvas dos arranha-céus, a partir dos quais germinam fluidez e uma dança peculiar de linhas e formas.
Apesar do status de marco, a ênfase da obra não é apenas a altura, afirmam os autores. Através das varandas que rodeiam o edifício, as barreiras verticais tradicionalmente utilizadas na arquitetura de ascensão elevada são quebradas, ressaltam. Assim, a construção inteira gira em graus diferentes, em níveis distintos, correspondendo com a paisagem circundante, proporcionando, em cada unidade residencial, uma vista de 360 graus que enfatiza o contato com os elementos naturais e desperta a apreciação da natureza.
A justificativa para o empreendimento surge do contexto onde ele foi erguido. Mississauga, como outras regiões da América do Norte, passa por um processo de rápido desenvolvimento e está em busca de uma nova identidade. As torres Marilyn Monroe representam uma maneira de atender as necessidades de uma cidade em total crescimento. As edificações, assim, se tornam um importante marco residencial, permitindo vislumbrar cenários incríveis nas alturas e fazendo nascer uma significativa conexão emocional entre os moradores e a moderna construção.
“No lugar da lógica, simples e funcional do modernismo, nosso projeto expressa as necessidades complexas e múltiplas da sociedade contemporânea. Este edifício é mais do que apenas uma máquina funcional: ele responde ao significado de ser localizado no cruzamento de duas ruas principais. É algo bonito, escultural e humano”, escreve a MAD Architects em seu site oficial.
Em 2012, as torres foram premiadas com o título de Melhor Edifício Alto das Américas pelo Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano (CTBUH ).