Parceria de ganha-ganha

Prática de comercializar imóvel em conjunto vem crescendo no mercado

Vender unidades habitacionais com ajuda de outro corretor, dividindo a comissão, pode ser um bom negócio para imobiliárias e clientes, segundo especialistas

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postado em 21/08/2014 14:54 / atualizado em 21/08/2014 15:04 Celina Aquino /Estado de Minas
Reprodução/Internet/corretortech.com.br
Nem sempre é fácil conseguir sozinho o comprador para um imóvel. Por que não contar com a ajuda de um corretor de outra imobiliária? A parceria é uma das estratégias para conseguir atender à demanda com mais agilidade e aumentar as vendas. Mesmo dividindo a comissão, muitos profissionais enxergam o negócio como vantajoso por permitir a conquista de um número maior de clientes.

A corretora da imobiliária RE/MAX Class Michele Grugel optou por investir em venda exclusiva. Por isso, está sempre em busca de parcerias. A estratégia dela é deixar expositores em vários comércios da cidade e distribuir panfletos com as características básicas dos imóveis, incluindo foto da fachada, mapa com localização e descrição do espaço. “Se o cliente me confiou a venda do imóvel, tenho que abrir as portas para o mercado. Faço a informação chegar aos outros corretores, pois às vezes eles podem ter o comprador que não tenho”, comenta. Para Michele, a maior vantagem da parceira é ter a possibilidade de fechar o negócio com mais rapidez. Assim, são os clientes que mais ganham.

Apesar dessa disposição, Michele ainda encontra dificuldade em fechar parcerias. Um dos motivos, ela suspeita, seja o fato de a comissão ser dividida entre os corretores neste tipo de venda. Normalmente, cada um dos profissionais ganha metade do montante recebido ao fim da negociação. “Tenho que pensar no objetivo do cliente, não posso pensar somente no meu bolso. É melhor receber metade da comissão e fazer um trabalho de excelência, pois ele vai ficar satisfeito e me indicar. Vou ganhar muito mais”, avalia a corretora da RE/MAX Class.

Michele Grugel, da RE/MAX Class, aposta na ideia: Michele Grugel, da RE/MAX Class, aposta na ideia: "Abro as portas para o mercado. Afinal, outros corretores podem ter o comprador que eu não tenho"
O vice-presidente da área de corretoras de imóveis da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Jamerson Leal, enxerga que as parcerias tendem a ser mais necessárias com o aumento dos contratos de exclusividade. Isso se justifica tanto pela segurança do cliente como por um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de BH que sinaliza para a colocação de apenas uma placa em cada imóvel à venda na capital. “Já fiz parcerias até sem ganho financeiro para não deixar de atender à demanda do cliente. De qualquer forma, cultivamos relacionamento, que é a nossa fonte principal de trabalho.” As parcerias também dão um upgrade no rendimento, pois Leal reconhece que esses contratos provavelmente não seriam fechados sozinhos.

À frente da Leal Netimóveis, o especialista diz que está sempre aberto a fazer negócio com corretores interessados em sua carteira de imóveis. Além de aumentar o número de contratos, as parcerias satisfazem o vendedor. “Elas podem acelerar a velocidade de venda, porque você está estendendo o raio de abrangência da exposição daquele imóvel. O cliente tem duas imobiliárias trabalhando para ele sem custo adicional”, acrescenta. Jamerson Leal destaca ainda a aproximação dos profissionais. Antigamente, não existia nem sequer contato, enquanto hoje todos ganham com a integração. Mas ele não arrisca em fechar parceria sem conhecer o colega de profissão, pois seu nome está em jogo.

ESCOLHA CRITERIOSA

Segundo o corretor e advogado imobiliário Alexandre Fadel, a escolha do parceiro deve ser bastante cuidadosa e criteriosa. A recomendação para evitar aventureiros de plantão ou falsos profissionais é conferir se a empresa é credenciada no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-Minas) e se tem referência na região em que atua. Antes de o processo começar, deve-se formalizar por escrito um termo de compromisso que estabelece as regras da parceira, deixando claras as competências do trabalho desenvolvido por cada um e a respectiva comissão. “A vantagem é concluir um negócio que sozinho talvez você não conseguiria por falta do cliente ou do imóvel. Unem-se os interesses, divide-se a comissão e fecha-se a venda”, resume o sócio-fundador da ADR Imóveis, da Rede Habitar.

Tags: imóveis

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Marcos - 22 de Agosto às 13:07
conhecido tb como venda casada, mas brasileiro e assim, nao procura saber sobre as taxas de juros imagina sobre a comissao desses corvos, o que importa e a parcelinha q caiba no bolso.

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