Cores fortes dentro de casa

Ousados e quebrando a monotonia, tons vibrantes invadem o lar para conferir calor e identidade

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postado em 16/07/2010 13:07 Joana Gontijo /Lugar Certo
Os arquitetos Ana Bahia e Sílvio Todeschi combinaram amarelo, vermelho e marrom numa inspiração da década de 1970. Abaixo, proposta sessentista em clima vibrante de Cioli Cassius Stancioli - Eduardo Almeida/RA Studio e Divulgação Os arquitetos Ana Bahia e Sílvio Todeschi combinaram amarelo, vermelho e marrom numa inspiração da década de 1970. Abaixo, proposta sessentista em clima vibrante de Cioli Cassius Stancioli
Renovar a decoração da casa pode começar em detalhes. Com ousadia, cores fortes, vibrantes e inusitadas invadem o lar para imprimir identidade, fugir do óbvio, e são uma das apostas atuais no design de interiores. Utilizados com certos critérios para evitar exageros, tons como vermelho, amarelo, verde-limão, laranja, azul, rosa, roxo, entre outros, ganham as paredes e revestimentos, os móveis, a tapeçaria, as cortinas ou adornos para trazer vivacidade aos espaços, transmitindo ao morar novas sensações.

Depois de uma fase intensa de madeira, preto ou branco, a relação modificada das pessoas com a casa, marcada por uma necessidade maior de interação com os espaços, abriu as portas para a entrada das cores vivas, como ressaltam os arquitetos Ana Bahia e Sílvio Todeschi. "Um ambiente todo preto, branco, ou em madeira, acaba ficando triste, pesado. Nos sentimos mais em casa quando misturamos cores, materiais, um acessório ou adorno de um lugar especial, elementos que sejam referências à infância e te passam conforto. É a necessidade de não ser uma coisa super planejada, programada, pragmática, com tudo certinho, combinando. A casa perfeita é a que você vai construindo com o tempo, trazendo suas memórias, as cores, a alegria".

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Os arquitetos lembram ainda que o desenvolvimento da tecnologia dos materiais também possibilitou a diversificação das cores, em lacas, acrílicos, fórmicas, texturas, papéis de parede e tecidos, citando apenas alguns exemplos. "As possibilidades de combinação são infinitas, não há mais o critério que tudo tem que ser igual". Para a mostra de design Decora Lider, da Lider Interiores, que vai até outubro em BH, Ana Bahia e Sílvio Todeschi combinaram amarelo, vermelho e marrom no quarto do casal com inspiração na década de 1970, destacando com sofisticação as peças que compõem o ambiente, tornando-o moderno e atemporal.

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Cores vibrantes podem ser contrapostas com tons mais neutros e, para o arquiteto e designer de interiores Cioli Cassius Stancioli, são um dos itens mais importantes na decoração, mesmo que apenas pontuadas. "Nos meus projetos, gosto de considerar que existem pessoas, vida dentro da casa. Mesmo que não seja em grande destaque, a cor sempre é realce". Mas, pontua Cioli, é preciso considerar algumas especificidades para trabalhar de forma harmônica e inteligente as cores, sem excessos. Cada uma carrega características próprias e transmitem sensações peculiares, que podem gerar tranquilidade ou, quando mal utilizadas, algum desconforto. "Em cômodos pequenos, por exemplo, cores muito fortes diminuem ainda mais o espaço", cita Cioli. No quarto do rapaz sessentista da Decora Lider, o arquiteto abusou do amarelo, preto e roxo em contraposição a cores neutras para conferir o ar contemporâneo ao espaço que, ao mesmo tempo, exprime a atmosfera de uma época.
Ambientes de Luciane Della Croce (acima), e Aline e Vanessa Castro (abaixo): vivacidade e aconchego - Divulgação Ambientes de Luciane Della Croce (acima), e Aline e Vanessa Castro (abaixo): vivacidade e aconchego

ACONCHEGO

"Dentro de uma gama enorme, a escolha da cor perpassa as características de cada um. A cor é pessoal e, dependendo de qual emoção transmite, combina com pessoas mais tímidas, ou outras extrovertidas. Não dá para oferecer uma proposta de cor sem conhecer bem o morador", salienta a designer de interiores Luciane Della Croce. Lançando mão de contrastes que podem gerar combinações variadas, para Luciane as cores vivas sempre aquecem e trazem aconchego. No quarto da moça referente aos anos 1970 da Decora Lider, assinado pela designer, destaque para a intensidade suave do vermelho.

Considerando alguns aspectos técnicos, o conhecimento sobre a paleta que engloba as cores primárias, secundárias e terciárias, fornece o primeiro direcionamento para a opção mais adequada, já que não é tudo que fica bem em qualquer ambiente ou para qualquer pessoa, dão a dica as arquitetas Aline e Vanessa Castro. Para elas, a frieza do mundo violento acaba sendo um pretexto para buscar mais calor dentro do lar, o que muitas vezes vem pelas cores. Quando há um certo receio em ousar, elas podem vir em almofadas, tapetes, poltronas, estampas, em propostas monocromáticas ou em tons análogos que, invariavelmente, significam alegria, ressaltam as arquitetas.

No quarto do menino oitentista da mostra da Lider, Aline e Vanessa ficaram livres para abusar do azul, amarelo e vermelho, conjugados com ícones da década, em um jogo de tonalidades e formas que originou um espaço criativo e divertido. "Combinando cores frias e quentes, a utilização adequada sempre traz efeitos satisfatórios", completam.
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